
OPINIÃO – “Acredito que a medida trará mais malefícios do que benefícios para o arquipélago.” Foto: Roberto Soares
A intenção do Governo Federal de liberar a entrada de cruzeiros marítimos no Distrito Estadual de Fernando de Noronha foi criticada pelo deputado Waldemar Borges (PSB), na Reunião Plenária desta quarta (4). O parlamentar informou que a proposta foi feita depois que o senador Flávio Bolsonaro e o presidente da Embratur, Gilson Machado, visitaram o arquipélago.
Segundo o deputado, tal medida não poderá ser posta em prática de maneira açodada, pois há estudos definindo o limite de embarcações que podem atracar na ilha, a fim de evitar a formação de lixo e a degradação do meio ambiente. “Tenho a convicção de que isso não deve ocorrer de forma precipitada. É preciso analisar o impacto dessa decisão. Acredito que a medida trará mais malefícios do que benefícios para o arquipélago”, pontuou.
O socialista também leu uma nota do secretário de Meio Ambiente de Pernambuco, José Bertotti, sobre o assunto. No texto, o gestor afirma “que o arquipélago abriga uma biodiversidade única e não pode ser alvo do modelo de turismo predatório sugerido pelo Governo Federal. Na sequência, a nota destaca “que as autoridades desconhecem a existência de limitação do número de visitantes em Fernando de Noronha e as consequências de colocar na ilha mais de 600 pessoas de uma só vez, como acontece nos navios de cruzeiro”. Borges informou, ainda, que espera que a proposta seja reavaliada.