
GESTÃO – André Longo apresentou relatório do Estado em reunião da Comissão de Saúde. Foto: Evane Manço
O Governo do Estado elevou em 6% os recursos executados na área da saúde nos primeiros quatro meses de 2019, em comparação com o mesmo período de 2018. A informação consta no Relatório de Gestão do 1º Quadrimestre da Secretaria Estadual de Saúde, apresentado pelo titular da pasta, André Longo, em reunião da Comissão de Saúde da Alepe realizada na manhã desta segunda (12).
No total, o Fundo Estadual de Saúde recebeu R$ 1,5 bilhão entre janeiro e abril. Desse montante, um terço foi repassado pela União e dois terços pelo Estado. Pernambuco destinou 13,78% da Receita Corrente Líquida à saúde, índice que supera o piso constitucional e mantém o Estado no topo da região Nordeste em relação ao percentual gasto no setor.
O secretário de Saúde, André Longo, destaca que investimentos importantes serão viabilizados com essas verbas. “Nós estamos com o Hospital Geral do Sertão Eduardo Campos em plena construção. Temos a perspectiva de inaugurá-lo no primeiro semestre de 2020”, comunicou. “Retomamos as obras do Hospital Agamenon Magalhães, com a reforma e qualificação de todo o ambulatório. Também entregamos a nova emergência do Hospital Getúlio Vargas, que foi duplicada para mais de cem leitos. E já fizemos a primeira chamada de mais de 500 profissionais para reforçar as equipes dentro das nossas principais emergências.”
O gestor avalia que o Pacto Federativo é um desafio para a expansão dos serviços de saúde. Segundo o relatório, entre 2011 e 2019, os municípios pernambucanos reduziram o número de atendimentos, cirurgias e partos, enquanto o Estado ampliou a oferta. A mesma tendência pode ocorrer no cenário nacional. Tanto o secretário quanto o líder do Governo na Alepe, deputado Isaltino Nascimento (PSB), alertaram que o teto federal de gastos deve reduzir o apoio da União para o setor.
A presidente da Comissão de Saúde, deputada Roberta Arraes (PP), acredita que o Governo Federal e os prefeitos devem ser mobilizados. “Precisamos que a União tenha esse olhar para os Estados. Essa conta não é só dos governadores, também é do Governo Federal”, observou. “Ainda precisamos acender uma luz para as prefeituras, para que cuidem da atenção básica, e os casos não cheguem à alta complexidade”. A parlamentar também destacou a importância da interiorização de investimentos em saúde, principalmente no Sertão.