A Unesco proclamou 2019 como o Ano Internacional da Tabela Periódica dos Elementos Químicos, organizada pelo cientista russo Dmitri Mendeleev em 1869. Passados 150 anos, como a tabela e os elementos estão presentes em nosso dia a dia? Em entrevista ao Programa Em Discussão, o professor de Química da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Antônio Carlos Pavão responde a essa e outras perguntas, além de comentar os desafios do ensino de Ciências no Brasil.
“É uma organização dos elementos químicos, mas, sobretudo, uma teoria para compreender o comportamento da matéria. Conhecemos, por exemplo, o cloreto de sódio (sal de cozinha) e, ao olhar na tabela, vemos que o sódio é da mesma família do potássio, que também forma um cloreto”, exemplificou Pavão. “A tabela periódica é útil, está presente na carteira de todo químico e o cidadão comum também se utiliza desse conhecimento.”
Um dos maiores gênios da química, o criador da tabela periódica nasceu na Sibéria. Órfão de pai ainda criança e com 17 irmãos, graças à dedicação da mãe, pôde estudar e desenvolver-se no campo científico.
“Mendeleev organizou os elementos químicos demonstrando as propriedades periódicas deles. Além disso, previu novos elementos, corrigiu os pesos atômicos de alguns deles e avançou nesse comportamento periódico, que já vinha sendo estudado por outros pesquisadores. Apesar disso tudo, a principal contribuição dele foi a descoberta de novos elementos químicos”, afirmou o pesquisador.
Assista a entrevista na íntegra: