
ANÚNCIO – Deputado convidou colegas para visita aos estaleiros Atlântico Sul e Vard Promar nesta quinta (8). Foto: Jarbas Araújo
A visita que a Comissão de Desenvolvimento Econômico fará aos estaleiros Atlântico Sul e Vard Promar, na próxima quinta (8), foi destacada pelo deputado Aluísio Lessa (PSB) no Grande Expediente da Reunião Plenária desta terça (6). Ele convidou todos os parlamentares da Alepe para o evento e ressaltou, novamente, a necessidade de pressionar o Governo Federal por medidas que permitam a sobrevivência do Polo Naval pernambucano.
“Vivemos uma situação de muita apreensão no setor. Só há um navio em fabricação no polo, e os trabalhadores que participaram das primeiras etapas da construção vêm sendo demitidos por não terem mais serventia nas seguintes”, lamentou o socialista. “Foi feito um grande investimento na formação desses empregados, que deixaram a colheita da cana-de-açúcar para se especializar em corte de chapas e pintura de navios. Sem novas encomendas, o destino deles pode se tornar uma grande preocupação”, acrescentou.
Lessa voltou a defender incentivos da União para garantir que a Petrobras e a Marinha do Brasil privilegiem os estaleiros nacionais na compra de navios. “O governador Paulo Câmara participou de várias audiências no Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e no BNDES sobre o tema, mas a atual gestão federal não sinalizou para qualquer medida, preferindo gerar empregos na China, na Coreia do Sul e na Noruega. Esperamos que quem vai governar em 2019 saiba o que representa o Polo Naval de Suape”, declarou.
Em aparte, Tony Gel (MDB) apoiou a mobilização proposta por Aluísio Lessa. “O economista anunciado como superministro da Economia do próximo governo já disse que haverá um incremento de dez milhões de empregos no Brasil. Que uma parte desses postos de trabalho venha da pujança dos nossos estaleiros”, observou.
Já Isaltino Nascimento (PSB) ressaltou a dificuldade de se conseguir apoio em favor dessas indústrias em razão da agenda do governo eleito. “Eles visam privatizar a Petrobras e deverão levar em conta apenas os custos na aquisição de navios. Países asiáticos têm custos menores, mas só conquistaram isso depois de muito tempo de qualificação da indústria”, considerou.