Um encontro entre o governador Paulo Câmara, deputados, a direção da Compesa e representantes dos servidores da Companhia pode selar o compromisso do Estado de não privatizar a empresa de saneamento. A sugestão do ato político partiu do presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Alepe, deputado Aluísio Lessa, do PSB. Nessa quarta, durante reunião do colegiado, o parlamentar defendeu a parceria da Compesa com a empresa Brookfield, do Canadá, que vai tocar as obras de saneamento na Região Metropolitana do Recife e no município de Goiana, na Mata Norte. “É um projeto grandioso que se a Compesa fosse fazer sozinha é algo que se imaginava durar cerca de 60 anos, e uma empresa com essa expertise pode fazer o saneamento nos 14 municípios, mais Goiana, em 12 anos, ou seja, seriam três governos, sucedendo um ao outro, pra poder concluir isso.”
O parceiro internacional da Compesa entrou no lugar da Odebrecht Ambiental, assumindo 70% do controle da empresa brasileira. A participação da Brookfield na PPP do saneamento foi questionada pelo deputado Eduíno Brito, do PP. Na avaliação do parlamentar, é preciso valorizar a expertise nacional. “Porque nós temos aqui no nosso País, nós temos expertise de engenharia suficiente, nós temos empresas sérias que podem assumir determinados serviços e parcerias com o Governo, para que os recursos que nós futuramente pagaremos por esse saneamento, serão recursos periódicos, que nós temos que pagar pelos serviços, parte dele vá para o exterior.”
Na reunião dessa quarta, a Comissão de Desenvolvimento Econômico aprovou três proposições. Dentre elas, o substitutivo da Comissão de Justiça exigindo que instituições privadas de ensino contem com profissional de enfermagem ou bombeiro treinado em primeiros socorros para prestar atendimento de emergência em eventos esportivos ou de entretenimento. A proposição ainda prevê a obrigatoriedade do uso do desfibrilador, aparelho eletrônico que serve para evitar a morte de pacientes com parada cardíaca.