Atendendo à convocação do presidente da Comissão de Negócios Municipais, deputado Ulisses Tenório, o major Helder Carlos da Silva, chefe da Divisão de Operações da Comissão de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe) fez ontem explanação sobre o trabalho desenvolvido no Estado, demonstrando não haver tempo ou hora para a Defesa Civil entrar em ação.
Na condição de representante do coronel Wilson Rodrigues de Lima, comandante do órgão estadual, ele esclareceu que na seca ou na chuva, em inundações, deslizamentos de morros, na queda de uma aeronave; em estudos realizados no riacho Vertentes sobre melhoria do abastecimento dágua para Gravatá ou até mesmo a interdição de um matadouro, como ocorreu há alguns dias em Vitória de Santo Antão, a Codecipe é chamada e desloca sua equipe, atuando ao lado do DER, Secretaria de Infra-Estrutura, Cipoma, CPR, Vigilância Sanitária ou outras entidades governamentais ou ONGs.
O major Helder Silva confessou aos parlamentares o quanto ficou impressionado com a imensa sujeira, o desrespeito à saúde pública, quando houve a interdição do matadouro de Vitória. No amplo leque de trabalho em defesa da comunidade, a Codecipe também foi incluída na operação Tapacurá, serviço de limpeza na barragem de abastecimento dágua da Capital. “Seja tromba dágua ou outra manifestação da natureza, todos estão prontos a qualquer hora, do dia ou da noite”, assegurou.
Os deputados Augustinho Rufino, Jorge Gomes e Hélio Urquisa fizeram perguntas sobre o nível de preparação dos municípios do Estado para enfrentar chuva, desabamento ou outra situação. O quadro é que poucos estão estruturados para atender a emergências da população como se a segurança ficasse em segundo plano, imagina o major Helder. “Deslizamentos de morros e alagamentos compõem em torno de 90% dos problemas”, acrescenta, complementando ainda que a Codecipe está sempre em articulação com os demais órgãos competentes. (Antônio Azevedo)