As revelações de que a administração estadual estaria fazendo contratação de serviços e compra de bens sem a devida observância, feitas pelo deputado Paulo Rubem (PT) na semana passada, provocaram várias explicações por parte do Governo. Todavia, o parlamentar petista rebateu os argumentos oficiais, insistindo que as operações trariam prejuízo se fossem efetuadas e qualificou de “inconsistentes e sobretudo falsos, com a nítida intenção de omitir a verdade” os itens apresentados pelo Palácio das Princesas.
Em seguida, Paulo Rubem apontou as falhas cometidas, que, ele assegura, ferem a lei das licitações vigentes no País, enumerando os casos Ceagepe, Detran e Fusam. O deputado petista mantém as denúncias e entende que a nota do Governo inverteu a ordem dos fatos, “faltando com a verdade para com a sociedade e o interesse público”.
No caso da Ceagepe, Paulo Rubem externa surpresa “com a rapidez com que uma proposta de serviços de tamanha envergadura chega ao órgão público e é aprovada em menos de 24 horas”. Quanto ao Detran/Publicidade do IPVA, ele tachou de “frágil” a argumentação governamental de que faltou tempo para a licitação da campanha. “Argumento idêntico ocorreu no Governo anterior, no mesmo órgão e em caso semelhante, na campanha do Carnaval, e nem por isso a operação foi julgada regular pelo TCE e pelo Ministério Público”, ironizou.
Finalmente, em relação à Fusam/Empresas de Vigilância, o representante do PT reitera a falta de licitação, apesar de envolver negócios na faixa de R$ l,5 milhão. “Assim sendo, expressamos nossa posição clara de exercer um mandato de forma séria, vigilante, atento às prerrogativas constitucionais que respaldam nossa ação parlamentar”. (A A)