A proposta de reforma administrativa do Governo Jarbas Vasconcelos foi aprovada ontem, em 1º turno, pela Assembléia Legislativa. Dos 49 deputados estaduais, 33 votaram favoravelmente ao projeto. O mesmo placar ocorreu na votação da proposta que fixa o teto salarial dos servidores públicos em R$ 7 mil. Para o líder e articulador da vitória do Governo do Estado, deputado Romário Dias (PFL), quem saiu ganhando foi o Poder Legislativo que, mais uma vez, permitiu o debate aberto do projeto.
Segundo ele, o Governo estava esperando uma vitória em torno de 36 votos, mas o deputado Augusto Coutinho (PFL) viajou para os Estados Unidos e não foi necessário computar o voto do presidente da Assembléia, deputado José Marcos (PFL). “Foi uma grande vitória. Estamos satisfeitos com o resultado da votação.
O importante é que a democracia saiu fortalecida”, afirmou Romário.
Para aprovar os seus projetos, o Governo do Estado precisava contar com um mínimo de 30 votos 3/5 dos membros da Assembléia. Ao final, conseguiu 33, mesmo com os protestos dos servidores públicos estaduais, que lotaram as galerias, e todas as tentativas da Oposição para reverter o voto de alguns deputados. O plenário ainda assistiu ao pronunciamento do deputado Gilberto Marques Paulo (PFL) que, apesar de governista, sustentou sua posição contrária às reformas propostas pelo Palácio das Princesas.
Antes de votar o substitutivo à proposta de Emenda Constitucional nº 04 e o projeto de Lei Complementar nº 43, a Mesa Diretora procedeu a votação dos 17 destaques propostos por deputados de Oposição às emendas do Governo. Logo na primeira votação, houve uma verdadeira “briga” pelo voto da deputada Malba Lucena (PPB). Indecisa, a parlamentar começou votando com a Oposição, mas, em seguida, recuou, sendo convencida pelo líder de seu partido, deputado Manoel Ferreira, a votar com o Governo. Malba mudou inclusive de lugar, sentando-se do outro lado do plenário, onde estava a maioria dos deputados da base governista.
Após isso, a votação seguiu normalmente, sendo os 17 destaques rejeitados pela maioria governista. Entre uma votação e outra, os servidores públicos seguiam com os protestos. Primeiro cantaram o Hino Nacional. Depois, mostraram faixas acusando os deputados de votarem “contra direitos dos servidores”. Depois, foi a vez do Hino do Estado de Pernambuco. Nesse momento, os deputados de Oposição acompanharam os servidores de pé.
Durante toda a tarde e o início da noite a sessão só terminou por volta das 20h , os deputados dos partidos que compõem a base governista na Assembléia Legislativa não ocuparam a tribuna da Casa. Somente os parlamentares de Oposição se pronunciaram sobre o projeto de reforma do Governo do Estado com exceção do deputado Gilberto Marques Paulo.
Apesar de estarem num partido considerado de Oposição ao Governo, o PSB , os deputados Sérgio Pinho Alves, Antônio Moraes, Marcantônio Dourado, Diniz Cavalcanti, Garibaldi Gurgel e José Aglailson votaram pela aprovação do projeto governista. Por outro lado, além do voto de Gilberto Marques Paulo, a Oposição contou com o voto do deputado João de Deus (PTB), que se posicionou contrariamente à reforma. (Marconi Glauco)