Governistas avaliarão se CPI é viável

Em 13/04/1999 - 00:04
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Até o final desta semana, os líderes de todos os partidos que dão sustentação ao Governo Jarbas Vasconcelos devem decidir se vai haver ou não uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as irregularidades apontadas no relatório feito pelo vice-governador Mendonça Filho. A informação é do líder do Governo na Casa, deputado Romário Dias (PFL). “O sentimento é que tudo seja apurado. Se vai ser através de CPI ou do Ministério Público e do Tribunal de Contas é o que nós ainda vamos decidir”, completou.

Romário acrescentou que os deputados governistas podem entender que agora não é o momemto oportuno para uma CPI, e que talvez seja melhor esperar pelos trabalhos dos órgãos que vão apurar as denúncias. “Se, após algum tempo, entendermos que está faltando rapidez no processo de apuração, poderemos abrir a CPI”, salientou. Ele disse que a Comissão, se for aberta, será ampla, com todos os pontos levantados pelo dossiê.

“Em qualquer caso, é preciso que se aprofunde a discussão. A população espera que tudo isso não fique só na Imprensa. E nós vamos fazer isso, de uma forma ou de outra”, afirmou Romário Dias. Ele disse que o deputado Pedro Eurico, líder do PSB, estava “tentando defender o indefensável”. “Pedro não falou da apropriação indébita do Detran nem dos mil relógios banhados a ouro do Lafepe.

Não se trata de denegrir a imagem de ninguém, mas as irregularidades apontadas precisam ser investigadas”, frisou o líder governista.

A líder do PFL, deputada Teresa Duere, afirmou que o Governo mostrou à sociedade a situação encontrada no Estado. Hélio Urquisa (PMDB) entende que é cedo para a Oposição cobrar alguma coisa de Jarbas. Para João Paulo (PT), o mais importante é que o Governo atual dê rumo às questões prioritárias do Estado. João Negromonte (PMDB) disse que Jarbas está trabalhando para tirar o Estado do caos deixado pela gestão passada. Já Augusto Coutinho (PFL) cobrou explicações da Oposição para todos os pontos do dossiê. E Antônio Moraes (PSB) lamentou que não houvesse unidade dos parlamentares pernambucanos em prol do Estado. (MG)