Comissão festeja dia mundial da Saúde Em comemoração ao Dia Mundial da Saúde, foi realizada, ontem, audiência pública para discussão sobre a política de sangue e hemoderivados em Pernambuco. O evento foi organizado pela Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa. Hoje, data oficial em que se comemora o Dia da Saúde, será realizado um ato público no Hemope, às 9 horas, em defesa da manutenção do hemocentro como instituição pública.
“Precisamos garantir a instituição pública Hemope e também abordar os serviços privados que começam a ser oferecidos nessa área”, observou o presidente da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa, deputado Jorge Gomes (PSB).
O Hemope funciona atualmente com serviços de hematologia (hospital com 40 leitos), hemoterapia, produção de hemoderivados, ensino e formação de recursos humanos na área e pesquisa. Seis hemocentros funcionam em Recife, Garanhuns, Palmares, Caruaru, Petrolina e Serra Talhada. Fora esses, mais quatro hemonúcleos atendem em Limoeiro, Arcoverde, Salgueiro e Ouricuri.
Segundo o presidente da instituição, Aderson Araújo, são realizadas mensalmente em todo o Estado cerca de 30 mil coletas de sangue. “Uma das nossas metas é fortalecer os serviços no interior”, informou, acrescentando que o Hemope funciona hoje com uma receita total de R$ 2 milhões e um déficit mensal de aproximadamente R$ 30 mil.
No tocante à questão de segurança transfusional, o presidente assinalou que o trabalho do hemocentro é considerado excelente pelo Ministério da Saúde.
“Pretendemos instalar Comitês Transfusionais nos hospitais do Estado”, adiantou.
Já o presidente do Cremepe, Roberto Tenório, fez um relato sobre a importância da garantia da qualidade do sangue, do ponto de vista ético e penal. E a vice-presidente da Federação Pernambucana de Hemofílicos, Marta Matos Gomes, narrou o início das medicações aplicadas em pacientes hemofílicos no Estado.
“Estamos estudando a fabricação no Recife do Fator 8 e 9 (hemofilia A e B)”, disse.
A audiência pública contou, ainda, com a participação do Sindicato dos Trabalhadores do Hemope, ONGs como Grupo Curumim, Viva Rachid, entre outros.
(Ana Lúcia Lins)