Relatório da CPI do Narcotráfico vai incorporar idéias de seminário A CPI do Narcotráfico e da Pistolagem vai incorporar em seu relatório final as sugestões e análises efetivadas durante o Seminário sobre o Combate e a Produção de Drogas no Estado, ocorrido ontem, na Assembléia Legislativa. O presidente da Comissão, deputado Pedro Eurico (PSB), o trabalho tem que ter ações propositivas, que apontem um caminho a ser seguido pelo Estado a partir de agora.
“O seminário foi um apêndice da CPI e boa parte das medidas sugeridas pelos participantes serão integradas ao relatório”, garantiu o presidente. Segundo ele, a Comissão deve concluir seus trabalhos provavelmente até 12 de setembro, mas dependendo do volume de dados novos que possam surgir poderá haver nova prorrogação. “Não é só a questão do narcotráfico que preocupa, mas a pistolagem, que é o problema mais sério de violência em Pernambuco”, atestou.
Pedro Eurico esclareceu que o seminário tinha como o objetivo de debater, formular e elaborar subsídios para os parlamentares integrantes da CPI Estadual do Narcotráfico e da Pistolagem: “Temos de atacar causas, buscar soluções, dividir responsabilidades”, frisou. “Principalmente, porque estamos diante de uma atividade econômica bem articulada, que conta com uma interação de forças poderosas em todo o mundo”, completou.
O deputado fez referências às preocupações dos Parlamentos das três Américas, que, segundo ele, não estão medindo esforços na luta contra o narcotráfico, inclusive realizando encontros com a presença de representantes de todas as nações americanas.
Abertura O presidente em exercício da Assembléia Legislativa, deputado Bruno Araújo (PSDB), considerou que o seminário demonstra o apoio e a participação da Casa Joaquim Nabuco diante dos problemas políticos, econômicos e sociais do Estado e da Nação, na busca de soluções e cuidando de interagir com os demais poderes e a sociedade. “Dessa forma, o Legislativo Estadual tem examinado com autoridades do Executivo, Judiciário, Ministério Público e as forças sociais essas questões e seus reflexos na área social, ampliando o questionamento para definir prioridades e estabelecer metas exeqüíveis”, afirmou.
Bruno Araújo alinhou problemas que afligem a sociedade, entre os quais segurança, tráfico de drogas e crime organizado, fatores a inquietar a população. “Tornam-se prioridade, ao lado da geração de empregos, a melhoria das condições de habitação, educação e saúde. Daí a oportunidade da iniciativa da CPI do Narcotráfico, mais um testemunho do empenho da Assembléia Legislativa em participar e atuar visando atender aos reclamos da sociedade”, apontou.
“Isso porque a produção e o tráfico de drogas figuram como fator de desagregação e desajuste, agredindo nossos ideais de democracia e de uma sociedade vivendo em clima de paz e bem-estar”, completou. (Ana Lúcia Lins/Antônio Azevedo)