CPI quer reverter violência com políticas públicas Os deputados integrantes da CPI do Narcotráfico e da Pistolagem reúnem-se logo mais às 10h com o governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) para debater a situação da violência e do tráfico de entorpecentes no Estado. De acordo com o vice-presidente da CPI, deputado Lula Cabral (PFL), no encontro será apresentado um relatório parcial dos trabalhos da comissão com sugestões de políticas públicas para tentar reverter a situação.
“Vamos apresentar um relato das investigações e apelos para que o governador consiga aparelhar melhor a polícia”, antecipou Cabral, lembrando que nas cidades pólo por onde a CPI passou Palmares, Garanhuns, Caruaru e Serra Talhada os deputados receberam várias queixas de falta de pessoal (delegados, escrivães, agentes, PMs, promotores) e de condições de trabalho.
O deputado e ex-secretário de Segurança Pública Antônio Moraes (PSDB) lembrou que uma cidade da importância de Caruaru não conta com uma unidade do Instituto de Medicina Legal (IML) e nem da Polícia Técnica, fundamentais para os trabalhos de investigação. “Tem também a situação das áreas de Salgueiro e Serra Talhada no centro da produção de drogas e sem polícia especializada”, afirmou Moraes.
Lula Cabral afirmou ainda que os deputados vão comunicar oficialmente ao governador a disposição da Assembléia de manter a CPI do Narcotráfico como uma comissão permanente do Legislativo. “Inclusive já propomos que o deputado Pedro Eurico (PSB) se torne presidente efetivo da comissão”, concluiu Cabral.
Em quase dois meses de trabalhos os deputados já colheram 96 depoimentos de testemunhas e também de juizes, promotores e delegados, entre outros. A CPI já pediu a prisão de sete acusados e solicitou a quebra dos sigilos fiscal, telefônico e bancário de 26 envolvidos. Os deputados também solicitaram a cassação do mandato da vereadora Teresa Josino Branes (PSDB), de Palmares.
Investigação A CPI do Narcotráfico programou para a tarde de hoje uma investigação sigilosa.
Os deputados vão se reunir às 14h e seguirão para um local não revelado, “para não atrapalhar os trabalhos”. A programação de depoimentos da semana ainda está sendo fechada. Os deputados estão definindo se seguirão para o Cabo de Santo Agostinho, Nazaré da Mata ou Petrolina, no Sertão do São Francisco. (Pedro Marins)
