Comissão fecha ferros-velhos Em blitz realizada ontem à tarde, a CPI do Narcotráfico e da Pistolagem da Assembléia Legislativa, em conjunto com as Policias Civil e Militar, determinou o fechamento de quatro das sete empresas de peças usadas de veículos (os chamados ferros-velhos) vistoriadas nos bairros de Roda de Fogo e Campo Grande, no Recife. Os deputados constataram a falta de registro atualizado de entrada e saída das peças, falha que pode estar servindo para esconder o não recolhimento de impostos e a receptação de peças roubadas.
O Ferro-Velho Novo, a Comercial de Peças Usadas, o Ferro-Velho do Ricardo e a BD Auto Peças só poderão voltar a funcionar após a regularização da situação junto à Delegacia de Roubo e Furtos de Veículos. Dois funcionários das empresas fiscalizadas foram detidos para averiguação.
“O desmanche de carros roubados é mais um vertente da violência que precisa ser coibida com rigor porque prejudica o cidadão e o Estado deixa de recolher impostos”, destacou o presidente de CPI, deputado Pedro Eurico (PSB), acrescentando que a fiscalização deve envolver o Detran, a Dircon e a URB (Prefeitura do Recife) e a Secretaria da Fazenda.
Logo na primeira empresa fiscalizada, o Ferro-Velho Novo, os parlamentares da Comissão e o delegado da Roubos e Furtos de Veículos, Romero Leal, localizaram uma parte de uma peça de um Gol Mil ano 2000, que tinha sido roubado no último dia 22 de maio. Imediatamente o delegado orientou a CPI para o fechamento do estabelecimento. O dono da empresa não estava no momento e foi convocado para prestar depoimento sobre a situação na delegacia.
O quinto ferro-velho onde foram encontradas irregularidades no registro das peças foi o “Padre Cícero”, que fica próximo à Secretaria de Defesa Social. O secretário de Defesa Social, Iran Pereira, acompanhou o final da operação. “Com a fiscalização, as providências vão ser tomadas para sanar o problema. Esta ação é mais uma forma de mostrar que precisamos chegar junto. Por isso demos apoio à operação desde o planejamento”, afirmou. Também participaram da operação os deputados Lula Cabral (PFL), José Queiroz (PDT), Fernando Lupa (PSDB) e Henrique Queiroz (PPB). (Pedro Marins)
