Braga está preocupado coma “guerra do lixo” na RMR O líder do PV, deputado João Braga, ocupou ontem a tribuna para demonstrar preocupação a respeito da “guerra” em que se transformou a questão do lixo na Região Metropolitana, com a proibição do prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Fernando Rodovalho, de que os resíduos colhidos no Recife fossem depositados no Aterro da Muribeca. Braga lembrou a discussão promovida há três meses na Comissão de Cidadania com as entidades envolvidas, mas lamentou que nada de prático tenha sido feito para solucionar o problema.”Existe falta de diálogo entre o Governo do Estado e as Prefeituras do Recife e Jaboatão”, disse. O deputado temeu as conseqüências da demora na resolução do problema, uma vez que diariamente mais de 2 toneladas de lixo produzido na capital são despejados na Muribeca. Ele expôs ainda situação semelhante ocorrida em Fortaleza, quando após dois meses os resíduos tiveram que ser queimados nas ruas.De acordo com Braga, que visitou o local, a Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) peca por não fazer os investiment os necessários no sentido de viabilizar o impasse, mas isso não justifica a “bravata” do prefeito Rodovalho. Em aparte, o deputado Paulo Rubem Santiago (PT) se solidarizou à João Braga. “É correto que a Prefeitura de Jaboatão queira se reposicionar, mas é irresponsabilidade barrar o acesso dos caminhões de lixo”, argumentou Santiago.Em sintonia com os discursos também esteve o deputado Geraldo Melo (PMDB), que vêm acompanhando de perto as negociações a respeito do tratamento do lixo. Segundo Melo, a PCR não cumpriu os compromissos assumidos junto à Fidem. No entanto, ele é contra a medida radical adotada por Rodovalho. “É hora do Governo do Estado intervir na questão”, avaliou.Braga afirmou ainda que sobram responsabilidades não resolvidas ao Governo do Estado, como a conclusão de um estudo há muito tempo desenvolvido pela Fidem sobre uma nova área para o depósito dos resíduos sólidos. (Gustavo Hahnemann)