Frei Aloísio faz críticas à postura guerreira dos EUA O Frei Aloísio Fragoso de Morais fugiu ao protocolo dos agraciados com o Título de Cidadão Pernambucano que discorrem exclusivamente sobre sua trajetória no Estado. Embora tenha comentado o acolhimento recebido no Recife e resgatado os costumes da cidade em décadas passadas, o religioso optou por pautar seu discurso em questões cosmopolitas, algumas delas polêmicas e bastante atuais.Tratando especialmente da juventude, Frei Aloísio lembrou as utopias que marcaram os anos 60 e 70, com “os jovens ocupando todos os espaços, operando mudanças, gritando por uma nova sociedade e por um mundo melhor”. Ele criticou a letargia da juventude perante a sociedade consumista. “Eles devem romper a barreira e impor um novo modelo social, sem se submeter servilmente. Os jovens precisam descobrir que nas utopias está o móvel dos indivíduos e da coletividade”, declarou.Mais atuais não poderiam ser suas críticas ao presidente norte-americano George W. Bush, a quem classificou de cowboy deslumbrado. “Eu o respeito como ser humano, mas não sua arrogância em se auto-declarar deus da guerra”, avaliou. Na sua opinião, a utilização da tecnologia não faz sentido se esta não trouxer benefícios sociais à humanidade.O religioso afirmou que entra no terceiro milênio com os mesmo sonhos que deixou o segundo. Sonhos que não são originais, mas que alimentam a humanidade desde que o primeiro homem perdeu o paraíso. “Deposito a seus pés os meus sonhos, pisem de leve que estarão pisando em meus sonhos”, arrematou.
(Gustavo Hahnemann)