O “aumento” nas despesas do Gabinete da Presidência da República, nos últimos dois anos, foi criticado, ontem, por Raimundo Pimentel (PSDB). De acordo com o deputado, o custeio do Palácio do Planalto cresceu 186% nesse período. “Em 2002, no Governo Fernando Henrique, as despesas da máquina ficaram em R$ 100 milhões e, em 2004, na gestão Lula, pularam para R$ 287 milhões”, apontou.
Pimentel ainda fez um comparativo com as monarquias de diversos países. “Os números são significativos e provocam, no mínimo, indignação. A Inglaterra gasta US$ 104 milhões, US$ 1,87 per capita, com a família real. No Brasil, são gastos, por ano, US$ 170 milhões, US$ 12 per capita, com o custeio do Planalto.
É mais caro sustentar o presidente Lula que a monarquia da Inglaterra. Esses valores são completamente inadequados à realidade do nosso País e do nosso povo.” O parlamentar citou matérias publicadas em jornais locais que divulgam o crescimento do custeio e solicitou a inclusão, nos Anais da Casa, de um artigo do deputado federal Roberto Magalhães (PFL), publicado na Folha de Pernambuco, no dia 10. “O texto mostra a realidade do Executivo Federal no que diz respeito ao arrocho fiscal e à queda nos investimentos em áreas prioritárias”, salientou.
O deputado Sílvio Costa (PMN) criticou Pimentel por não reclamar do Governo Jarbas, que “gasta mais de US$ 1 milhão com assessores especiais”.