Segunda Cultural enaltece música francesa e jazz

Em 08/10/2008 - 00:10
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A sonoridade da música francesa dos anos 60 e 70 da Bande Ciné e a estréia do grupo Saracotia nos palcos pernambucanos animaram, anteontem, a platéia que lotou o Teatro do Parque, em mais uma edição do Projeto Segunda Cultural. O Saracotia fez a abertura do show principal e apresentou um repertório variado com choros, sambas e jazz de autores renomados como Jacob do Bandolin (Vôo da Mosca) e composições próprias, a exemplo de Palma com Calango (Filipe Torres e Rafael Marques). “Foi uma estréia importante, com casa cheia”, disse Rafael, que toca bandolim de dez cordas.

Os outros dois integrantes do Saracotia são Rodrigo Samico (violão de sete cordas) e Marcio Albuquerque (bateria). De acordo com Rafael, a diversidade e o improviso são marcas registradas do grupo. “Apesar das influências de artistas como Egberto Gismonti e Hermeto Pascoal, também investimos em músicas autorais”, observou. Os três têm formação em Licenciatura em Música pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O encontro do grupo aconteceu em novembro do ano passado para acompanhar a cantora italiana Cristina Bevenutti.

A Bande Ciné é um sexteto, que, apesar do pouco tempo de estrada, promete movimentar a cena pernambucana. “O repertório é variado e não tocamos só música francesa, apesar de ser a nossa principal característica”, comentou Filipe Barros (guitarrista e voz). Ele parabenizou o projeto da Assembléia Legislativa e destacou a importância de tocar em um teatro. “É a oportunidade de divulgar o trabalho e ampliar o nosso público”, destacou o cantor. Entre os sucessos apresentados, está o Tu Veux ou Tu Veux Pas, versão francesa da composição Nem Vem que Não Tem, de Carlos Imperial, popularizada no Brasil na voz de Wilson Simonal. A banda estreou nos palcos recifenses no Café Porteño, em agosto de 2007.

O Segunda Cultural foi criado há cinco anos pela Mesa Diretora da Assembléia Legislativa. A entrada é gratuita e os artistas não cobram cachê. O show está sendo realizado especialmente no Teatro do Parque devido às reformas estruturais que estão sendo feitas no Palácio Joaquim Nabuco.