Alepe homenageia vítimas do Holocausto e promove reflexão sobre ódio e intolerância

Em 09/04/2025 - 11:04
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MEMÓRIA – Evento na Alepe relembrou o genocídio de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Foto: Jarbas Araújo

A Alepe realizou, na terça (8), uma reunião solene em memória das vítimas do Holocausto, por solicitação do deputado Antônio Coelho (União). O encontro teve como propósito não só recordar um dos momentos mais tristes da humanidade – o genocídio dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial – mas usá-lo como ferramenta de educação para salvaguardar a tolerância religiosa e promover a paz e o respeito entre os povos. 

“O Holocausto é um capítulo de dor, de violência desmedida, de vidas roubadas e sonhos esmagados. Não foi apenas a tragédia de um povo, mas sim de toda a humanidade. Cada história interrompida é um reflexo do que o ser humano pode ser capaz quando se permite ceder ao ódio”, refletiu Coelho.

Genocídio

O Holocausto foi marcado como um genocídio sistemático promovido pelo regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial, entre 1941 e 1945, que resultou na morte de cerca de seis milhões de judeus. Considerado um dos crimes mais brutais da história, o extermínio utilizou campos de concentração, fuzilamentos em massa e câmaras de gás para eliminar populações inteiras com base em uma ideologia antissemita e eugenista. 

Uma placa comemorativa foi entregue ao presidente da Federação Israelita de Pernambuco, Boris Berenstein, representante da instituição homenageada, por Antonio Coelho e pelo deputado Coronel Alberto Feitosa (PL), que presidiu a solenidade. O encontro também contou com uma apresentação especial do violonista Thiago Viollin.

Marcas

Em seu discurso, Boris Berenstein enfatizou ser filho de sobreviventes da Segunda Guerra Mundial e ressaltou que carrega na alma e na memória não só a dor, mas também a força, resiliência e esperança de um povo.

RESILIÊNCIA – Presidente da Fipe, Boris Berenstein lembrou a dor e a força herdadas dos pais sobreviventes. Foto: Jarbas Araújo

“Lembrar do Holocausto aqui na Alepe, neste espaço que simboliza a luta pelos direitos humanos e pela dignidade de todos, é um gesto que carrega um poderoso valor simbólico. Joaquim Nabuco compreendia que não há liberdade verdadeira enquanto houver silêncio diante da opressão”, disse.

“O Holocasuto não começou com câmaras de gás. Começou com palavras de ódio, com leis que desumanizavam e com a indiferença de muitos. É por isso que lembrar não é apenas um dever histórico, é uma necessidade moral, porque onde a memória falha a história pode se repetir”, finalizou Berenstein.

Autoridades, diplomatas e membros da comunidade judaica estiveram presentes no encontro. Entre eles, May Baptista, cônsul-geral dos Estados Unidos no Recife; Sério Cano, cônsul da República das Filipinas; Félix Ster, cônsul-geral da Alemanha no Recife e Sonia Sette, diretora da Federação Israelita de Pernambuco (Fipe).