
SERMÃO – “Dom Orlando criticou corrupção, ódio, fake news e armas.” Foto: Nando Chiappetta
A deputada Teresa Leitão (PT) repudiou os ataques ao arcebispo de Aparecida (SP), Dom Orlando Brandes, após o sermão em defesa da vida na missa do Dia da Padroeira do Brasil, no último dia 12. Na Reunião Plenária desta quinta (21), a petista prestou solidariedade ao religioso, à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e ao Papa Francisco, também alvos de críticas.
“Dom Orlando defendeu as vacinas e a democracia. Criticou a corrupção, o ódio, as fake news e o uso de armas, que têm se espalhado pelo País nos últimos anos. Em razão disso, foi vítima de agressões de grupos pró-Bolsonaro”, contou.
Teresa destacou o discurso do deputado estadual Frederico d’Avila (PSL-SP), que chamou o arcebispo, a CNBB e o Papa Francisco de “vagabundos”. “Ele extrapolou o direito de uso da tribuna. A imunidade parlamentar não pode ser escudo para atacar pessoas e instituições”, censurou.
“A CNBB encaminhou uma carta ao presidente da Assembleia de São Paulo mencionando o ‘ódio descontrolado’ com que d’Avila se manifestou. E denunciou que o deputado ‘feriu e comprometeu a missão parlamentar, o que requer imediata e exemplar correção pelas instâncias competentes’”, prosseguiu a petista. Segundo ela, a entidade também abriu um processo contra o parlamentar paulista.
Para Teresa Leitão, o arcebispo “não falou nada mais do que a verdade”. A deputada ainda lamentou o apego ao uso de armas e à violência no Governo Bolsonaro. “Esse tem sido o legado dessa gestão”, disse.
Auxílio Brasil
No mesmo pronunciamento, a parlamentar comentou o lançamento do Programa Auxílio Brasil, do Governo Federal, no momento em que se comemoram os 18 anos do Bolsa Família. A maior iniciativa de distribuição de renda do mundo foi criada durante a gestão do presidente Lula.
“Esse novo programa vem cheio de defeitos. Ele é complexo, o cruzamento dos critérios não funciona e as condicionalidades dificultam o acesso ao recurso. Além disso, o dinheiro não foi previsto no Orçamento. Nada mais é do que uma parafernália eleitoreira”, enfatizou a petista.