Waldemar Borges presta homenagem aos que lutaram contra golpe militar

Em 01/04/2021 - 17:04
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HORROR – “Golpe é golpe. O golpista pode até mudar de lado, entender que o caminho da democracia é melhor, mas a história não pode ser alterada.” Foto: Nando Chiappetta

“Lembrar para não repetir.” Na Reunião Plenária desta quinta (1º), o deputado Waldemar Borges (PSB) somou-se aos que, no aniversário do Golpe Militar de 1964, trazem à tona fatos ocorridos durante a ditadura para que os mais jovens tenham ciência. Para ele, não se pode celebrar um período marcado por assassinatos e sofrimento. “Golpe é golpe. O golpista pode até mudar de lado, entender que o caminho da democracia é melhor, mas a história não pode ser alterada.”

O parlamentar rememorou o que aconteceu há 57 anos na Assembleia. No dia 1ª de abril, a instituição foi cercada por militares e, em seguida, houve uma reunião para votar o impedimento do governador Miguel Arraes. “Rendo homenagens aos deputados que não se curvaram ao arbítrio e foram leais ao mandato, votando contra. Desses 16, destaco Almany Sampaio, que era aliado, e Sílvio Pessoa, que não era governista, mas se opôs ao golpe”, frisou.

Borges contou que, na sequência, vieram perseguições, censura, fechamento das casas legislativas e cassação de mandatos. “Também presto homenagem aos parlamentares que nem sequer tiveram direito à defesa. Eles lutaram contra a ditadura e foram cassados arbitrariamente”, ressaltou. “Hoje, mais do que nunca, faz-se necessária a lembrança dos horrores praticados nesse período, quando muitos jovens perderam a vida por defender a liberdade de expressão.”

O socialista ainda mencionou o trabalho realizado pela Comissão Estadual da Memória e da Verdade Dom Helder Camara. No relatório final da investigação sobre violações dos direitos humanos praticadas contra cidadãos entre 1946 e 1988, apresentado no ano de 2017, há uma lista de 51 pessoas mortas e desaparecidas em Pernambuco, que foi lida por ele. “Quero lembrar aqui o nome de todos os que sucumbiram em nome da democracia, para que tal fato não se repita”, assinalou.