OPINIÃO – “É uma investida acompanhada de delírio e ignorância”, afirma o parlamentar. Foto: Roberto Soares

As recentes nomeações do Governo Bolsonaro para instituições culturais federais como a Fundação Nacional de Artes (Funarte) e a Biblioteca Nacional foram criticadas por João Paulo (PCdoB), no Pequeno Expedientes desta quinta (5). Para o deputado comunista, a gestão federal está promovendo “o empobrecimento da cultura e a transformação desses órgãos em máquinas de propaganda”.

O parlamentar registrou que Dante Mantovani, novo presidente da Funarte, defende que a terra é plana e declarou que “o rock ativa as drogas, que ativa o sexo livre, que ativa a indústria do aborto, que ativa o satanismo”. Já o novo presidente da Biblioteca Nacional, Rafael Nogueira, de acordo com o deputado, associou o cantor e compositor Caetano Veloso ao analfabetismo. Além disso, João Paulo ainda destacou que o diretor-presidente interino da Agência Nacional de Cinema (Ancine), Alex Braga, “deu ordens para retirar cartazes de filmes nacionais da sede e do site da Agência”.

“Não se trata de um ataque comum, mas de uma investida acompanhada de delírio e ignorância, num grande espetáculo de preconceito e mentiras, protagonizado por gestores da área cultural”, avaliou o deputado do PCdoB. “É como se o atual governo quisesse substituir tudo o que não entende por ideias sem pé nem cabeça, baseadas nas teorias do astrólogo e teórico da conspiração Olavo de Carvalho”, afirmou o parlamentar.

“O secretário Roberto Alvim parece querer repetir, no Brasil, a farsa do nazismo em relação à arte. A exemplo de Hitler, o secretário e sua equipe demonstra querer destruir toda a produção cultural que não esteja de acordo com as ideias clássicas”, concluiu João Paulo. “A prevalência desse entendimento no Governo poderá comprometer o futuro da nossa cultura, que é a alma do nosso povo”, finalizou o deputado.