DESIGUALDADE – “Preconceito no ambiente médico tem consequências graves”, alertou deputada. Foto: Nando Chiappetta

O Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra, celebrado em 27 de outubro, foi lembrado, na Reunião Plenária desta quinta (31), pela deputada Jô Cavalcanti, do mandato coletivo Juntas (PSOL). Ela afirmou que a data foi criada com o objetivo de alertar os profissionais de saúde para demandas específicas do segmento, buscando promover equidade no atendimento dos pacientes.

Jô Cavalcanti informou que a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, instituída em 2009, reconhece as desigualdades étnico-raciais e o racismo institucional como determinantes sociais das condições de saúde. “Contribuir para superar o racismo é uma missão de toda a sociedade. Mas, no ambiente médico, o preconceito tem consequências graves”, apontou.

Segundo a deputada, estudo do Ministério da Saúde mostra que a população negra apresenta indicadores sociais piores em comparação com os brancos.  “A pesquisa também revela que, em geral, as pessoas negras são humilhadas no ambiente médico, recebem menos medicamentos e menos solicitações de exames”, frisou. Cavalcanti destacou que a população de Pernambuco é composta por 63% de negros, e é preciso pensar em  políticas públicas de saúde voltadas a esse público.