
AUDIÊNCIA PÚBLICA – Parlamentar participou de encontro sobre o tema na Assembleia Legislativa da Bahia. Foto: Rinaldo Marques
Investimentos na revitalização e no controle do fluxo do Rio São Francisco foram defendidos pelo deputado Odacy Amorim (PT), no Grande Expediente desta terça (3). Ele repercutiu uma audiência pública realizada nessa segunda (2) sobre o tema, promovida pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), em Salvador, da qual participou. O encontro foi proposto pelo deputado Zó (PCdoB-BA) e conduzido pelo presidente da Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos da Alba, Fábio Souto (DEM-BA).
“Na reunião, defendi que todas as cidades do Brasil atingidas pelo São Francisco devem ter um plano de metas de investimento para garantir tratamento e esgoto em cada uma delas”, relatou o parlamentar. “Foi o que fizemos em Petrolina quando eu estava à frente da Prefeitura, o que faz com que hoje a cidade deixe de jogar água de esgoto sem tratamento dentro do rio”, afirmou.
O deputado defendeu o projeto de revitalização apresentado na Alba, que, segundo ele, prevê R$ 10 bilhões em investimentos apenas na Bahia, e R$ 40 bilhões em todo o curso do rio. Outra ideia sugerida na audiência é a construção de uma barragem na chegada do curso d’água ao mar, para dar mais força ao fluxo do manancial. “O projeto é que a represa seja utilizada apenas para controlar o volume de água sem alargar o leito”, explicou Amorim. “Além da barragem, é preciso que a Chesf use menos o São Francisco para gerar energia, evitando que o mar avance sobre a água doce, como ocorre hoje”, pontuou.
O presidente da Comissão de Meio Ambiente da Alepe, Zé Maurício (PP), ressaltou a necessidade de cuidar das matas ciliares e combater o assoreamento do rio. “O Rio São Francisco nos dá água boa e recebe de volta água podre. Precisamos trabalhar para dar uma nova vida para ele”, declarou, em aparte.
Para Eduíno Brito (PP), o Brasil precisa investir na obtenção de energia de outras fontes renováveis, como a solar, a eólica e de biomassa. “Temos que investir em tecnologia nessa frente, para que o rio não seja tão usado para fornecer energia elétrica. Hoje até mesmo a Europa utiliza mais energia solar que o Brasil”, apontou.