Simone Santana chama atenção para epidemia de sífilis no País

Em 15/05/2017 - 18:05
-A A+

PROPOSTA – Deputada sugeriu audiência pública para acompanhar implantação do Plano de Enfrentamento, Prevenção e Controle da Sífilis. Foto: Roberto Soares

A deputada Simone Santana (PSB) fez um apelo, durante a Reunião Plenária desta segunda (15), para que os colegas parlamentares auxiliem no combate ao avanço da sífilis em Pernambuco. A socialista enfatizou a importância de os integrantes do Poder Legislativo compartilharem informações e a necessidade de aproximação entre os executivos municipais e estadual. Ela ainda solicitou à Comissão de Saúde a realização de audiência pública para acompanhar a implantação do Plano de Enfrentamento, Prevenção e Controle da Sífilis, lançado em 2015 pelo Governo do Estado.

O discurso foi motivado por reportagem de capa do jornal “Folha de Pernambuco” publicada hoje. Santana enfatizou que, em cinco anos, os casos da doença sexualmente transmissível aumentaram em 5.000% no País. Já em Pernambuco, de acordo com boletim epidemiológico da gestão estadual, as ocorrências da sífilis adquirida (por meio de relações sexuais sem preservativo, transfusão de sangue ou contato direto com sangue contaminado) cresceram 304% e a congênita (transmitida de mãe para filho) em 172%.

A parlamentar destacou que, por trás do crescimento nos registros de sífilis, está a baixa adesão ao uso de preservativos. “É uma doença que não escolhe idade, sexo, cor ou classe social. A ausência de tratamento pode ocasionar cegueira, transtornos mentais e más-formações – no caso de fetos. Porém os infectologistas apontam que a prevenção, o diagnóstico e o tratamento são simples e efetivos”, emendou.

Santana assinalou que, no combate à sífilis congênita, é preciso facilitar o acesso ao pré-natal, para que as gestantes iniciem os atendimentos e exames necessários no tempo certo e sigam com o pré-natal, de maneira adequada, até o fim da gravidez. “Com o tratamento adequado, a gestante pode ter 100% de chance de o feto não ser afetado pela sífilis”, acrescentou.

Com relação ao Plano de Enfrentamento, Prevenção e Controle da Sífilis, que visa reverter o avanço da doença, ela ressaltou que, atualmente, estão sendo capacitados 150 multiplicadores do teste rápido – o BDRL -, para permitir que a doença possa ser detectada nos próprios municípios, sem necessidade de grandes deslocamentos.

“A descentralização do acesso ao tratamento é primordial para a reversão da epidemia, anunciada pelo Ministério da Saúde no final do ano passado. É preciso que os municípios ofereçam espaços com profissionais capacitados para uso da medicação. Temos que avançar no sentido de reduzir significativamente desses números tão preocupantes”, concluiu.