Comissão sinaliza apoio para viabilizar Casa de Pernambuco em Portugal

Em 14/02/2017 - 15:02
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ARQUITETO URBANISTA DA CSA PERNAMBUCO NO PORTO EM PORTUGAL/ INST

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO – Durante reunião, arquiteto informou que espaço pretende servir de plataforma econômica colaborativa e ser uma janela de Pernambuco para a Europa. Foto: João Bita

*Atualizada às 17h15

Iniciativa de promoção da cultura e de estímulo a negócios pernambucanos em Portugal, a Casa de Pernambuco no Porto recebeu incentivo de membros da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Alepe nesta terça (14). Durante reunião do colegiado, os deputados se comprometeram a participar dos esforços que tentam viabilizar o projeto na Europa.  Após 22 anos do início da construção, o empreendimento pretende captar recursos junto a empresas para entrar em operação.

Representante da Casa de Pernambuco no Porto, o arquiteto e urbanista Marcos Gomes explicou que a entidade está em busca de apoio institucional dos governos para obter fontes de financiamento privadas. “Nossa ideia é servir de plataforma econômica colaborativa, ser uma janela de Pernambuco para a Europa. Podemos importar experiências exitosas e exportar tecnologia, cultura e estratégias de desenvolvimento social”, projetou.

A iniciativa foi idealizada pelo empresário da construção civil Zeferino Ferreira da Costa, português que possui negócios no Recife desde os anos de 1960 e preside a entidade. Segundo o site da instituição, a obra da sede, localizada na Universidade do Porto, contou com recursos do Governo do Estado e teve a inauguração anunciada por cinco vezes desde o ano 2000.

De acordo com Marcos Gomes, a organização se concentrará na difusão da cultura pernambucana, por meio da promoção do cinema e do teatro produzidos no Estado; no apoio a eventos esportivos como torneios de golfe, hipismo e futebol; no turismo, alavancando Pernambuco como destino de viagens e viabilizando a profissionalização do setor; e em ações sociais, ao facilitar o intercâmbio de políticas públicas de sucesso. “É na geração de negócios que está nossa sustentação. Precisamos mostrar para os empresários que vale a pena apoiar a Casa”, analisou o arquiteto.

O deputado Eduíno Brito (PP), que propôs a visita do representante da entidade à Comissão, sugeriu que o grupo de parlamentares interessados em ajudar possa articular o contato com potenciais patrocinadores. “Esse equipamento vai servir muito aos pernambucanos no que diz respeito à divulgação da nossa cultura e da ampliação do potencial dos nossos negócios”, avaliou. Ele foi acompanhado pelo presidente do colegiado, Aluísio Lessa (PSB), e pelos deputados Romário Dias (PSD) e Ricardo Costa (PMDB).

Agenda Na mesma ocasião, a Comissão de Desenvolvimento Econômico anunciou a realização, em 8 de março, de audiência pública para tratar do fechamento permanente de agências bancárias em cidades do Interior. O atendimento em pequenas cidades tem sido suspenso após a ação violenta de assaltantes, o que tem gerado relatos de transtornos por parte de aposentados e de comerciantes locais.

Aluísio Lessa adiantou que os parlamentares irão convidar a direção do Banco do Brasil para prestar esclarecimentos sobre a situação. “A agência de Riacho das Almas (Agreste) está há um ano fechada. É um abuso de poder cometido pelo segmento da economia que mais tem lucrado nos últimos anos”, afirmou.

O socialista também comunicou a realização de palestra do empresário Jorge Petribu sobre o plantio de eucalipto na Zona da Mata como alternativa econômica para a região. A data do encontro ainda será definida. Na reunião desta terça, também foram escolhidos relatores para 17 projetos de lei que tramitam na Comissão.

Plenário – À tarde, durante a Reunião Plenária, o deputado Romário Dias repercutiu a construção da Casa de Pernambuco no Porto. “Essa discussão é muito importante para nosso Estado, precisamos nos aprofundar e fazer um grande debate na Assembleia com a colônia portuguesa.” Em aparte, Eduíno Brito lembrou que o espaço será uma oportunidade de promover o intercâmbio entre Pernambuco e Portugal. Teresa Leitão (PT) disse esperar que o projeto traga frutos para o Estado.