Deputados defendem investigação em hospitais do Estado

Em 15/12/2016 - 14:12
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Reunião Plenária

PORTO –  “É preciso que se retire a cortina da gestão dos hospitais.” Foto: João Bita

A suposta investigação sobre a administração de três hospitais no Grande Recife e a possibilidade de suspensão do atendimento em maternidade de alta complexidade no Sertão provocaram críticas, na Reunião Plenária desta quinta (15), sobre a gestão da saúde em Pernambuco. Os deputados Álvaro Porto (PSD) e Priscila Krause (DEM) defenderam que a Casa apure a situação do setor no Estado e pediram mais transparência ao Governo.

Documentos veiculados em um blog, citados por Álvaro Porto, dão conta de que o Ministério Público Federal (MPF) teria instalado, na semana passada, inquérito para averiguar denúncias de desvio de recursos públicos nos hospitais Dom Helder Câmara, Miguel Arraes e Pelópidas Silveira, na Região Metropolitana do Recife. Todas os estabelecimentos são geridos pela organização social de saúde (OSS) Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip). A investigação teria relação com o processo de compra de medicamentos para as unidades.

“Os resultados da má gestão da saúde são cobrados todos os dias pela população e pelos profissionais”, disse Porto, lembrando que já havia defendido, na Tribuna, a necessidade de um olhar mais atento sobre a atuação das OSS em Pernambuco. O deputado comunicou ter protocolado pedido de informação junto ao Governo, a partir do qual espera obter dados sobre a aplicação de recursos repassados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado. “É preciso que se retire a cortina da gestão dos hospitais.”

Reunião Plenária

PRISCILA – “Se for preciso, devemos criar uma comissão para visitar as unidades.” Foto: João Bita

Priscila Krause repercutiu a informação, também veiculada por blogs, de que o Hospital Dom Malan, em Petrolina, Sertão do São Francisco, passará a atender somente casos de urgência a partir de hoje. Páginas de notícias reproduzem suposto ofício, destinado à Secretaria Estadual de Saúde e assinado pela superintendência da unidade – também a cargo do Imip –, explicando que a medida foi tomada “por absoluta falta de recursos financeiros”.

“Essa é a única maternidade que faz atendimentos de alta complexidade na região. Mulheres com gravidez de risco já não sabem onde vão parir”, lamentou a deputada, “Esta Casa não pode se calar diante disso. Se for preciso, devemos criar uma comissão para visitar o Dom Malan e todas as unidades de saúde de Pernambuco”, sugeriu.