Economia – Críticas a declarações de Dilma Rousseff

Em 06/05/2014 - 00:05
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As declarações da presidente Dilma Rousseff, no último dia 30, quando anunciou reajuste em 10% nos valores do Bolsa Família e corrigiu a tabela do Imposto de Renda, foram contestadas pelo deputado Alberto Feitosa (PR), ontem à tarde, na Casa Joaquim Nabuco. Segundo o parlamentar, “os ganhos reais citados por Dilma, na verdade, são perdas, pois o País não cresce, ao contrário da inflação”, argumentou.

Feitosa destacou que o Brasil está entre os 30 países com a maior carga tributária do mundo. “O País tem a segunda maior carga tributária da América Latina, ficando atrás da Argentina. Os impostos e tributos pagos pelos brasileiros e pelas empresas no País correspondem a 36,3% do Produto Interno Bruto”, citou.

O parlamentar explicou que, com o reajuste do Bolsa Família, o benefício médio sobe de R$ 213 para R$ 234,30. Mas, segundo ele, “não cobre a inflação”.

Na visão do deputado, parte das despesas com o Bolsa Família – R$ 1,3 bilhão – vai afetar as contas deste ano, já que o reajuste começa a valer em 1º de junho. “Outros R$ 2,3 bilhões ficarão na conta do presidente que assumirá o cargo em janeiro de 2015”, justificou.

O parlamentar criticou ainda o reajuste da tabela do Imposto de Renda em 4,5%.

“A inflação projetada é de 6,2%. A correção vai custar aos cofres do governo R$ 5,3 bilhões e fica abaixo do índice de inflação projetada para este ano, de acordo com o Banco Central”, salientou.

Em aparte, o deputado Aluísio Lessa (PSB) criticou as condições em que os médicos cubanos estão sendo contratados no País. “Temos ouvido e acompanhado as queixas dos usuários e dos médicos”, concluiu.