Fichas escolares devem informar grupo sanguíneo e Fator Rh de aluno

Em 08/01/2014 - 00:01
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As instituições de ensino das redes pública e particular deverão informar, nas fichas escolares dos estudantes, o grupo sanguíneo e o Fator Rh de cada aluno.

É o que determina a Lei nº 15.058/2013, de autoria do deputado Sérgio Leite (PT), sancionada em setembro, pelo governador Eduardo Campos (PSB). A iniciativa visa dar suporte em caso de atendimento médico.

De acordo com a proposta, as unidades escolares de Pernambuco, de quaisquer níveis de ensino, deverão incluir a informação nas fichas de matrícula. Serão aceitos os resultados realizados na rede pública de saúde ou em laboratórios particulares. Se solicitado pela família, também poderão ser incluídos outros avisos como alergias, taxa de glicemia ou qualquer conteúdo sobre a saúde dos estudantes.

“O objetivo da medida é resguardar a saúde dos estudantes e auxiliar o cuidado em casos de acidentes dentro da escola”, ressaltou Leite.

A pedagoga Glauciete Souza Félix, da Escola Educart, localizada no município de Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR), apontou que, em casos de acidentes, a unidade de ensino tem a obrigação de socorrer imediatamente o aluno. “A iniciativa facilita a prestação de socorro e torna mais preciso e eficiente o fornecimento de informações à equipe médica”, avaliou.

Glauciete também alertou aos pais a importância de informar sobre problemas como diabetes, hemofilia e alergias, entre outros. “Com esses dados, a instituição poderá prestar os primeiros socorros de forma direcionada e prevenir problemas durante o atendimento médico”, acrescentou.

Você sabia? – O tipo de sangue mais comum entre os brasileiros é O, seguido do A. Juntos abrangem 87% da população do País; – O grupo sanguíneo B representa 10% da população brasileira; e o AB, 3%; – O sangue tem sua classificação em grupos com a presença ou ausência de um antígeno na superfície das hemácias. Os grupos mais importantes são: ABO e Rh positivo e Rh negativo; – A incidência dos grupos varia de acordo com a raça por se tratar de fator hereditário; – No caso de transfusão, o ideal é o paciente receber sangue do mesmo tipo que o seu. Somente em situações de urgência ou emergência lança-se mão do sangue universal: O Rh negativo; – O sangue O Rh negativo é considerado doador universal e pode, teoricamente, ser transfundido em qualquer pessoa. Apenas 9% dos brasileiros possuem esse tipo de sangue; – A transfusão de grupos sanguíneos incompatíveis produz reações como hemólise, diversos graus de insuficiência renal e complicações capazes de levar à morte; – Indivíduos Rh positivos podem receber sangue Rh positivo e Rh negativo. Já os indivíduos Rh negativos só podem receber sangue Rh negativo. Ou melhor, poderiam até receber uma primeira transfusão de sangue Rh positivo, mas a segunda transfusão poderia levá-los à morte em função da aglutinação das hemácias recebidas; – Bebês Rh positivos concebidos por mãe com sangue Rh negativo correm o mesmo risco, quando há mistura dos sangues no útero. O primeiro filho não apresenta problemas, mas o segundo está sujeito à eritroblastose fetal, doença caracterizada pela aglutinação ou destruição das hemácias do recém-nascido; – A eritroblastose fetal acomete 5% das crianças filhas de mãe Rh negativo e pai Rh positivo e pode ser evitada se a mãe for vacinada com gamaglobulina anti-Rh, antes de dar à luz um filho Rh positivo.