Torre Malakoff ferve ao som do frevo

Em 09/02/2011 - 00:02
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O batuque do maracatu e o ritmo eletrizante do frevo contagiaram a primeira edição do Projeto Segunda Cultural 2011. A Torre Malakoff, no Bairro do Recife, mais uma vez, foi o cenário dos shows, na última segunda-feira (7). Fruto da paixão de seis amigos pelo baque virado dos tambores, o Maracatu Pernambucar-te abriu a noite, aquecendo o público para o que se transformou numa grande prévia de Carnaval. A Orquestra de Frevo Marinho do Recife também marcou presença e a Banda Som da Terra fechou a noite com as canções do álbum Te Vira no Frevo.

Atualmente com 70 integrantes, o Pernambucar-te levou para o palco do Segunda Cultural uma parte do grupo, com a presença marcante de mulheres. Entre uma virada e outra dos tambores, os batuqueiros mostraram o quê o público vai conferir durante a folia de Momo, nas ruas do Recife, Olinda e Bezerros. “Nossa intenção é preservar a tradição do maracatu. Estar nesse projeto da Assembleia é uma honra para nós”, assegurou Daniel Araújo, um dos integrantes.

Na sequência, a Orquestra de Frevo Marinho do Recife, presença garantida nos polos da Prefeitura do Recife durante o Carnaval, exibiu as composições do CD O Galo Canta, totalmente dedicado ao frevo. Com cerca de 20 anos de carreira, o disco é o primeiro do maestro Marinho, que já gravou um álbum de forró e tem participações em outros trabalhos dedicados ao Carnaval. O disco novo conta com canções inéditas, a exemplo de Adeus Pitombeira, composta por Evanildo Maia. “É uma grande oportunidade para os artistas locais”, enfatizou Marinho.

De volta ao Segunda Cultural e com 35 anos de formação, a Banda Som da Terra começou a apresentação com o Hino de Pernambuco em ritmo de frevo. O grupo mostrou as canções do CD Te Vira no Frevo, com clássicos da MPB, a exemplo de Exagerado, consagrada na voz de Cazuza. A proposta do trabalho, lançado oficialmente no fim do mês de janeiro, é mostrar a possibilidade de o frevo ser tocado o ano inteiro, dentro e fora do Estado. “Esse disco também pretende colaborar com o resgate da cultura regional, que perde espaço para outras”, disse o vocalista da Som da Terra, Rominho.

Iniciativa da Mesa Diretora da Casa Joaquim Nabuco, o Projeto Segunda Cultural é promovido por meio da Assistência de Comunicação Social e tem a finalidade de valorizar artistas do Estado. Os shows são gratuitos e os artistas não cobram cachês.