A Adutora do Agreste pode ser a redenção no que diz respeito à falta de água. O sistema foi apresentado, ontem, pelo governador Eduardo Campos (PSB) e o secretário de Recursos Hídricos e presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), João Bosco de Almeida, a prefeitos, vereadores e pessoas da sociedade, durante audiência pública realizada no Serviço Social do Comércio (Sesc), em Caruaru. O empreendimento foi comemorado em Plenário pelos deputados Esmeraldo Santos (PR) e o líder do Governo, Isaltino Nascimento (PT). “É um sonho antigo”, destacou Santos. “É a universalização do acesso à água”, observou o petista.
Serão beneficiados 61 municípios e cerca de 1,5 milhão de pessoas. A obra é uma derivação do Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco e prevê a construção de cinco adutoras, que complementarão o sistema. “Serão colocados 1,1 mil quilômetros de tubos que vão levar água do rio aos municípios do Agreste e do Sertão”, informou Nascimento. O projeto será realizado em quatro etapas e tem conclusão prevista em três anos. “É muito importante que a obra tenha continuidade, pois mudará a vida de milhares de famílias”, enfatizou Santos.
O empreendimento é fruto de um pedido do governador ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Eduardo Campos mostrou a Lula a necessidade de ampliar o uso da água do São Francisco para o Agreste”, disse Nascimento. A iniciativa vai gerar 5,4 mil vagas de empregos diretos. A primeira etapa contempla Pesqueira, Arcoverde, Sanharó, Poção, Angelim, Venturosa, Pedra, Buíque, Tupanatinga, Itaíba, Manari e Águas Belas.
Em apartes, Alberto Feitosa (PR), Raimundo Pimentel (PSB) e Maviael Cavalcanti (DEM) também se pronunciaram. “Quem não tem água nas torneiras diariamente sabe a importância desse projeto”, enfatizou Feitosa. “Foi uma visão de estadista potencializar a Transposição do São Francisco. Pernambuco serviria, inicialmente, apenas como passagem para os canais que levarão água a outros Estados”, elogiou Pimentel. Maviael denunciou que a Compesa, em Nazaré da Mata, está cobrando contas, sem que o produto chegue às residências. “O nome das pessoas estão sendo incluídos indevidamente no SPC”, alertou Cavalcanti.
O 1º secretário, João Fernando Coutinho (PSB), ressaltou a iniciativa. “Na lista de prioridades do governador destaca-se o Agreste que detém um dos menores índices de reserva hídrica”, pontuou.
