
A criação, há 50 anos, da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) será lembrada no próximo dia 15. A trajetória da instituição, que foi extinta no Governo Fernando Henrique Cardoso, embasou o discurso do deputado José Alves (PRP), na tarde de ontem. O órgão foi idealizado na gestão do então presidente Juscelino Kubitschek, tendo à frente o economista Celso Furtado “A maioria dos projetos industriais e agrícolas desenvolvidos no Nordeste contou com a participação da Sudene, assim como as ações comerciais e na pecuária. Celso Furtado escreveu os fundamentos do desenvolvimento com a ajuda de economistas como o baiano Rômulo de Almeida e o pernambucano Fernando Mota”, pontuou. Em maio de 2001, o órgão foi extinto no Governo de Fernando Henrique Cardoso.
O parlamentar citou a “competência” de superintendentes como João Gonçalves de Souza, general Euler Bentes Monteiro, Walfrido Salmito, Rubens Costa, Nilton Rodrigues, Leônidas Alves, Paulo de Tarso, entre outros. “Foi montado um corpo técnico de alto nível.” Para substituir a Sudene, foi implantada a Agência de Desenvolvimento do Nordeste (Adene), no atual Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Ficamos eufóricos com a recriação da Sudene, em 2007, achando que a autarquia iria reassumir o papel que exercia anteriormente. Entretanto, ela sobrevive sem força política e sem recursos”, lamentou.
A Sudene possuía mais de três mil funcionários, mas a Adenne, conta com pouco mais de 140. “O presidente Lula cumpriu a promessa de campanha, recriando a hoje denominada Adene. Entretanto, falta compromisso de seus ministros para dar à instituição a importância que sempre teve. No momento em que a entidade completa meio século, pedimos aos governadores e demais lideranças políticas que apoiem o competente técnico que dirige a instituição, Paulo Fontana, para que ele devolva ao órgão a capacidade de promover o desenvolvimento regional”, ponderou.