
A falta de medicamentos para distribuição gratuita no Estado foi apontada como problema de saúde pública, ontem, no Plenário da Alepe. A constatação foi da deputada Terezinha Nunes (PSDB), que encaminhou requerimento à Mesa Diretora, solicitando informações ao Executivo Estadual sobre o assunto.
De acordo com a tucana, há dois meses, o Hemope não distribui o medicamento Glivec 400, fabricado pela Novartis e utilizado no tratamento de leucemia. A parlamentar informou que, há mais de 12 anos, o remédio era disponibilizado pelo Hemope e, sem qualquer previsão ou explicação, a Secretaria de Saúde do Estado deixou de fornecê-lo. “O medicamento é imprescindível aos portadores de leucemia porque ajuda na produção de sangue pela medula óssea. A falta da droga pode resultar na morte do paciente em poucas semanas”, alertou.
Terezinha esclareceu que, por ser um medicamento caro, o Glivec 400 está na lista dos remédios cuja obrigação do fornecimento é do Estado. “Uma caixa com 30 comprimidos custa R$ 10 mil. Fui procurada por pacientes e familiares preocupados. Na tentativa de prorrogar a vida de uma paciente, a família arrecadou R$ 20 mil para garantir o tratamento por dois meses, mas não tem mais de onde tirar dinheiro”, lamentou.
Ela lembrou que o secretário estadual de Saúde, Jorge Gomes, também deve informar o quantitativo de pessoas que depende do remédio e qual a previsão para normalizar a distribuição.