A pesquisa do Instituto Brasmarket, na qual Jarbas Vasconcelos (PMDB) aparece em 23º lugar no ranking de desempenho dos governadores do País, foi novamente discutida, no Plenário. Na tarde de ontem, o deputado Sílvio Costa (PMN) defendeu a empresa, enquanto o líder do Governo, Bruno Araújo (PSDB), questionou os números do levantamento. Ambos se referiram a uma matéria publicada na Folha de Pernambuco, ontem, informando que o instituto teria cobrado, ao Governo do Ceará, R$ 60 mil pela pesquisa.
No Pequeno Expediente, Sílvio Costa disse estar “impressionado com o fato de se tentar desqualificar uma empresa séria”. “Quando a pesquisa é favorável ao Governo, ela é séria. Do contrário, não presta”, afirmou, lembrando que os números da Brasmarket foram usados no guia eleitoral de Jarbas Vasconcelos.
“Recentemente, a base governista também elogiou levantamento feito pelo mesmo instituto, que apontava o prefeito João Paulo (PT) em 24º lugar”, completou.
No Grande Expediente, Bruno Araújo questionou os métodos usados pela Brasmarket. “O instituto fez a pesquisa para, em seguida, vender os dados”, observou. Ele também citou o texto vinculado, que informa que a revista IstoÉ suspendeu o contrato com a Brasmarket, em 2000.
O parlamentar tucano ressaltou que, “em relação a João Paulo, os números coincidem com o de outras pesquisas”. Segundo ele, no caso de Jarbas, há disparidades, pois, em outros levantamentos, o governador “sempre aparece nas melhores colocações”. “Qual o verdadeiro objetivo dessa pesquisa?”, indagou.
Em aparte, Sílvio Costa perguntou a Araújo quanto o Estado paga ao instituto de pesquisa que trabalha para o Governo. Augusto Coutinho (PFL) parabenizou o tucano e a reportagem. Para Betinho Gomes (PPS), “não se pode ficar refém de pesquisas”. Alf (PTB) disse que o Governo tem direito de questionar, mas é preciso respeitar o instituto. João Negromonte (PMDB) observou que “qualquer pessoa de bom senso sabe que Jarbas é um administrador competente”. Sebastião Rufino (PFL) lembrou que o governador é “bem-conceituado nacionalmente” e Maviel Cavalcanti (PFL) disse que “nem os adversários de Jarbas acreditam na pesquisa”.