Opiniões divergentes sobre o horário de verão Uma audiência pública realizada ontem pela Comissão de Defesa da Cidadania discutiu o impacto que o horário de verão causará no Estado. A questão, trazida em pauta pelo deputado Sérgio Leite (PT), provocou polêmica entre os representantes chamados para debater: Edla Maria Noronha Galvão, coordenadora do Movimento de Mulheres contra o Desemprego; o deputado federal cearense Sérgio Novais; Joaquim Job, técnico e membro da Comissão de Energia do Estado; o vice-presidente da CELPE, Roberto Alcoforado, entre outros.O presidente da Comissão, deputado João Braga (PV), lembrou a emergência da crise de energia elétrica no país e defendeu a reunião como um meio de conhecer as vantagens e desvantagens do horário de verão. “A maior preocupação que devemos ter é para evitar os apagões.”, disse. “Com o estado crítico dos reservatórios, precisamos de alternativas sérias para economizar energia”, assinalou o parlamentarEsta não é a visão de Edla Maria, que protestou veementemente contra a medida e apresentou um abaixo-assi nado com 40 mil assinaturas repudiando o horário de verão. Com ela estavam várias integrantes do Movimento de Mulheres, que se uniram a associações de previdenciários e idosos para reclamar. “Estamos aqui lutando pelo trabalhador pernambucano, que vai ter que acordar mais cedo, que tem que sofrer com o racionamento porque o governo não foi competente para gerenciar a crise”, declarou Edla. Juntaram-se ao protesto o advogado Ney Araújo e Sérgio Novais, que criticaram os grandes setores econômicos, como os bancos e as redes de televisão, por forçarem o horário de verão seja implantado.Segundo a Comissão de Energia, a medida representaria uma economia de 0,6% do total de energia utilizada, mas relevante em tempos de crise. Para Alcoforado, da CELPE, não há o que discutir: a escassez de chuvas obriga o horário de verão.