CPI investiga processos em Catende A CPI do Narcotráfico e da Pistolagem fez uma visita surpresa ontem a Catende, um dos municípios mais citados nas investigações da comissão na Mata Sul. Os deputados foram conferir como a população está se sentindo após a ação da CPI contra a violência, acompanharam o início da operação de desarmamento dos moradores e apuraram o andamento de processos sobre pistolagem.
Inicialmente, os deputados não ficaram nada satisfeitos quando souberam que no remanejamento do destacamento da Polícia Militar foram 19 soldados e só retornaram 12. “Esta é uma situação inaceitável. Reivindicamos junto ao secretário de Defesa Social, coronel Iran Pereira, e ao comandante do 10º BPM, e recebemos a garantia de que vai ocorrer o retorno de pelo menos sete soldados”, afirmou o deputado Henrique Queiroz (PPB). Segundo ele, o efetivo ideal para o município deveria ser de 25 a 35 PMs.
Processos Oito processos que deviam apurar crimes de pistolagem estavam parados e foram trazidos pela CPI. “Requisitamos os processos, inclusive o que apura a morte de dois ex-vereadores, Fábio Tomé e Inácio Loyola, para que as investigações sejam agilizadas”, lembrou Henrique Queiroz.
A CPI também colheu dois depoimentos. Primeiro foi ouvido o ex-policial civil Manoel Cassimiro Neto, flagrado no final de maio tentando extorquir o presidente da Câmara dos Vereadores, Rildo Braz, com promessas de que o livraria das investigações da CPI. O vereador gravou e filmou toda negociação até o pagamento de R$ 10 mil, quando Cassimiro foi preso.
O segundo a prestar esclarecimentos foi um funcionário de Braz, que descarregava um caminhão no mercado do vereador entre as 2h e 3h. Os deputados da CPI solicitaram informações para esclarecer se a carga tinha mesmo procedência legal. (Pedro Marins)