Paixão é lembrada na AL; Ferreira protesta O deputado Antônio Moraes (PSDB) reverenciou ontem os 50 anos da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, o maior espetáculo ao ar livre do mundo, que neste final de milênio lembra a iniciativa pioneira do patriarca Epaminondas Mendonça, em 1951, quando começou a encenação lembrando o drama da paixão.
Antônio Moraes esclareceu que a idéia de Mendonça a princípio era realizar na localidade de Fazenda Nova um evento semelhante ao que os alemães faziam em seu país, sendo que daí o sonho passou a ser uma realidade pois durante a Semana Santa, por vários anos, ele liderou os trabalhos de encenação do drama em Fazenda Nova.
No curso do trabalho, chegou a Fazenda Nova o produtor cultural, escritor, teatrólogo e ator Plínio Pacheco, que teve a idéia de construir na localidade uma réplica da cidade de Jerusalém. Era 1956, mas o projeto só veio a se concretizar em 1968, quando Fazenda Nova tornou-se uma cidade teatro e na Nova Jerusalém foi encenado pela primeira vez o Drama da Paixão.
Moraes ressaltou que não houve, desde então, uma interrupção sequer da apresentação do espetáculo, numa área de 70 mil metros quadrados, ou seja um terço do espaço murado da Jerusalém original. A Nova Jerusalém, cercada por uma muralha de pedras, em 70 torres de sete metros, sete portões, uma paisagem natural, que lembra a existente na Judéia.
Nudez O deputado Manoel Ferreira (PPB) protestou ontem contra a exibição de uma mulher nua no espetáculo da Paixão de Cristo, pois o drama biblíco, por sua grandeza, não necessita desse tipo de apelação que em nada engrandece a intenção de reviver a história de Cristo.
Ferreira ressaltou que no Drama da Paixäo, na parte da Bacanal de Herodes, uma artista aparece nua, numa agressão aos religiosos, às pessoas que vão a Fazenda Nova com suas famílias, e que não buscam no espetáculo cenas de atentado ao pudor, de prostituição, que agridem ao público e maculam a sua beleza.
Ferreira lembrou que a exibição é gratuíta, sem qualquer base de sustentação, de forma que se torna uma tentativa grosseira de chamar a atenção do público, merecendo o repúdio da comunidade evangélica e de todos os relgiosos .(Nagib Jorge Neto)