O Dia Mundial da Saúde, celebrado ontem, foi o tema abordado pelo deputado e médico Jorge Gomes (PSB) para avaliar a situação do povo brasileiro em termos de saúde e também para enaltecer a terceira idade.
A proposição deste ano Envelhecer Permanecendo Ativo serve de base a uma reflexão maior quanto aos problemas de saúde de todo o povo, especialmente a terceira idade. Nesse sentido ele lembrou que “permanecer ativo significa continuar aprendendo, significa viver a velhice intensamente como se viveu as outras fases da vida, naturalmente, como mais uma etapa a vencer e a usufruir”.
Jorge Gomes preside a Comissão de Saúde deste Poder Legislativo e realizou sessão especial pela manhã, quando instituições de saúde apresentaram experiências e percepção em torno do envelhecimento e da necessidade de defesa do Sistema Único de Saúde, SUS. Mas a saúde no Brasil apresenta um quadro muito grave e por isso ele anotou que quando falamos de saúde nessa região “temos que relacioná-la à morte; e, no entanto, saúde e vida deveriam andar juntas, especialmente porque saúde é qualidade de vida”.
Em termos de Pernambuco, o parlamentar vê a existência de um mosaico epidemiológico no qual óbitos, doenças e agravos identificados com o atraso, a exemplo de cólera, dengue, hanseníase, aparecem ao lado de eventos típicos da modernidade, como neoplasias, doenças do aparelho circulatório e mortes violentas. “Estatísticas evidenciam a necessidade irrefutável de consolidar e fortalecer o SUS, porque lhe cabe atender aos diversos segmentos da população brasileira, aos cidadãos de todas as faixas etárias. A tendência é o aumento da população de idosos, hoje 8% no Estado, porque as projeções acenam para ampliação da expectativa de vida”.
Na opinião de Jorge Gomes, ao defender o SUS, ao sistema falta melhor adequação para oferecer serviços e atender a demanda dos idosos pacientes de hipertensão, diabetes e outras enfermidades. “Eles merecem respeito e fazem muito para conquistar esse respeito. Cada vez mais se organizam em conselhos, clubes de terceira idade ou associações. O escritor português José Saramago, ao saber que ganhara o Prêmio Nobel de Literatura de l998, aos 76 anos, disse que se houvesse morrido aos 60 anos, nada teria deixado à humanidade. Portanto, que os jovens se dêem conta que os velhos estão aí para trabalhar”.
Concluindo, o deputado socialista fez referência ao editorial do Jornal do Commercio, edição de domingo, com tema fundamentado a partir de documento produzido pela Comissão por ele presidida nesta Assembléia Legislativa.
(Antônio Azevedo