A campanha mundial de prevenção contra as doenças infantis provocadas pelo uso do cigarro ganhou mais um aliado: o deputado Lula Cabral. Ele apresentou projeto de lei proibindo em todo o território pernambucano o tabagismo nas proximidades de gestantes e crianças.
O projeto confere às autoridades a fiscalização da prática do tabagismo. Assim, secretários de Estado e os dirigentes de autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista deverão adotar, nos prédios onde funcionam, as medidas administrativas visando o cumprimento da lei.
Lula Cabral admite inexistir a possibilidade legal de se proibir qualquer pessoa, gestante ou não, de voluntariamente fazer uso do cigarro, cabendo portanto apoiar e incentivar iniciativas que despertem a sociedade dos males provocados pelo tabagismo. No caso das gestantes, “as vidas que carregam em seus ventres”. A iniciativa, na verdade, busca proteger gestantes e crianças da condição de fumantes passivos por conta da fumaça que são obrigadas a aspirar.
“Isso causa tanto mal quanto o vício de fumar”, alerta.
O projeto fundamenta-se em estudos realizados por renomadas organizações ligadas à área de saúde, comprovando quanto às gestantes, riscos como parto prematuro, aborto prematuro e síndrome da morte infantil repentina. Lula Cabral enumerou uma série de conseqüências resultantes do fumo envolvendo até mesmo problemas genéticos para a criança, possibilidade de rutura e complicações relacionadas com a placenta ou mesmo problemas cardíacos. “Como sabemos, o fumo não combina com a saúde infantil e na qualidade de parlamentar sinto-me na obrigação de contribuir na Assembléia Legislativa com este projeto de lei”, esclarece o deputado pefelista. (Antônio Azevedo)