Justiça aprova merenda diferenciada para estudantes com restrições alimentares

Em 24/09/2019 - 17:09
-A A+
Comissão de Justiça

PREOCUPAÇÃO – De autoria da deputada Priscila Krause, matéria analisada pelo colegiado visa atender alunos de escolas públicas com problemas como doença celíaca, intolerância a lactose e diabetes. Foto: Evane Manço

Escolas da rede pública estadual deverão disponibilizar opções de merenda escolar adequadas a alunos diagnosticados com restrições alimentares, como doença celíaca, intolerância a lactose ou diabetes. Essa é a proposta do Projeto de Lei n° 474/2019, de autoria da deputada Priscila Krause (DEM) e aprovado nesta terça (24) pela Comissão de Justiça da Assembleia Legislativa.

A matéria, que teve o texto adequado por um substitutivo do colegiado, exige dos estudantes ou dos responsáveis a apresentação de laudo médico, a cada semestre letivo, confirmando a necessidade de alimentação diferenciada. Estabelece, ainda, que a unidade escolar deverá comunicar aos pais quando forem observados sinais de complicações alimentares nos alunos.

Relator do projeto, o deputado Diogo Moraes (PSB) explicou que a iniciativa não implicará gastos ao Poder Executivo Estadual, exigindo apenas adequações nos cardápios produzidos pelos nutricionistas da Secretaria de Educação e planejamento das escolas para atendimento a esses alunos. “Reservar alimentos dentro do próprio cardápio da merenda trará ganhos sociais e de saúde aos estudantes, evitando que eles sejam acometidos por enfermidades”, avaliou. Já o deputado Isaltino Nascimento (PSB) sugeriu que a Comissão de Educação analise a possibilidade de estender a obrigação às escolas da rede particular de Pernambuco.

O colegiado também deu parecer favorável ao Substitutivo n° 3 ao Projeto de Lei Desarquivado nº 1940/2018, que regulamenta as comunidades terapêuticas em Pernambuco. O novo texto, criado coletivamente em debate conduzido pela Comissão de Educação, também foi aprovado, nesta terça, pela Comissão de Cidadania.

Mais tempo para análise Outras propostas que estavam na pauta de votação da Comissão de Justiça deverão ser discutidas na reunião da próxima semana. A pedido do deputado Alberto Feitosa (SD), o Projeto de Lei n° 239/2019, que busca assegurar aos professores, funcionários, estudantes e demais membros da comunidade escolar a livre manifestação de pensamentos e opiniões, teve a leitura do parecer adiada. A referida matéria foi apresentada pela deputada Juntas (PSOL).

O mesmo ocorreu com os projetos de números 394/2019 e 439/2019, que visam regulamentar o ressarcimento, pelos presos, das despesas com a aquisição de tornozeleiras eletrônicas. As proposições são de autoria dos deputados Gustavo Gouveia (DEM) e Delegado Erick Lessa (PP), respectivamente. O pedido de vista foi feito pelo deputado João Paulo (PCdoB).