A declaração do secretário de Planejamento, Márcio Stefanni, a respeito da violência no estado, foi alvo de críticas no Plenário da Assembleia. Em entrevista a uma rádio local, o coordenador do Pacto pela Vida disse que se sente mais seguro em Pernambuco do que em Paris, onde afirmou ter sido assaltado. Álvaro Porto, do PSD, Joel da Harpa, do PTN, e o líder da Oposição, Sílvio Costa Filho, do PRB, repudiaram o comentário. Álvaro Porto pautou o discurso na estatística da violência durante o primeiro semestre. “Foram registrados 2.875 homicídios, o que significa 451 casos a mais que em 2007. Já em relação ao primeiro semestre de 2016, quando foram registrados 2.063 assassinatos, o índice representou um crescimento de 39,6%.”
A deputada Priscila Krause, do Democratas, apontou a ocorrência de mais de 900 estupros durante o semestre. Ela afirmou que o Governo precisa deixar de lado a arrogância e ouvir o pedido de socorro das ruas.
Itens da reforma política em discussão no Congresso motivaram pronunciamento da deputada Terezinha Nunes, do PSDB. Ela propôs que a Alepe forme um grupo para analisar questões como o distritão e o fundo eleitoral com dinheiro público. “Se há um consenso sobre o distritão, que seja colocado um apoio desses deputados todos ao distritão, e nós enviaríamos para a Câmara Federal o posicionamento da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Assim como outros assuntos. Eu, por exemplo, acho um absurdo, também, esse fundo que eles estão querendo criar.”
Ainda sobre a reforma política, o líder da Oposição, Sílvio Costa Filho, defendeu a verdade eleitoral na eleição, em que os parlamentares mais votados são eleitos. Mas o deputado questionou a criação do fundo com recursos públicos. Já Rodrigo Novaes, do PSD, argumentou que fazer campanha é caro, e não se pode descartar essa forma de financiamento. Novaes também abordou o projeto de lei que estabelece novo piso salarial para os advogados de Pernambuco. Para ele, a proposta do Poder Executivo é importante para a valorização dos profissionais.
Socorro Pimentel, do PSL, criticou a falta de recursos destinados pelo Governo do Estado para a Missa do Vaqueiro, realizada na cidade de Serrita, no Sertão Central. A parlamentar salientou que o evento é realizado há quase 50 anos, mas que nesta edição teve pouco incentivo governamental.
O combate ao feminicídio em Pernambuco foi registrado pela deputada Simone Santana, do PSB. Ela frisou características do crime, como a lógica de dominação masculina. Um projeto de lei proposto pela parlamentar institui a data cinco de abril como o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. “E para combatê-lo não basta reforço policial ou investimento em segurança pública. As medidas preventivas tem muito mais relação com a cultura da paz e da tolerância. É preciso esforço de toda a sociedade de forma suprapartidária para jogar luz sobre esse problema que se caracteriza como crime de gênero.”
Teresa Leitão, do PT, lamentou o recolhimento de faixas sobre o assassinato de mulheres durante a inauguração do novo Plenário Governador Eduardo Campos. Ela solicitou que manifestações pacíficas não sejam vetadas na Alepe. Sobre a denúncia da Procuradoria Geral da República contra Michel Temer, a petista se mostrou favorável à abertura de processo contra o atual presidente.
Os deputados aprovaram em primeiro turno proposta em benefício das pessoas com diabetes. A matéria permite que elas a entrem em locais de prova de concurso e vestibular portando insulina e aparelhos para monitorar a glicemia. A aprovação foi comemorada pelo autor do projeto, Odacy Amorim, do PT. Romário Dias, do PSD, elogiou a iniciativa.
A morte do padre Edwaldo, que por mais de quatro décadas foi pároco em Casa Forte, na Zona Norte do Recife, pautou pronunciamento de Antônio Moraes, do PSDB. O parlamentar solicitou Voto de Pesar em homenagem ao religioso, que faleceu no mês passado.