Parlamentares rebatem críticas ao agronegócio brasileiro

Em 06/05/2021 - 15:05
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IMPORTÂNCIA – “É o único setor da economia que tem gerado emprego e renda durante a pandemia”, pontuou Antônio Moraes. Foto: Evane Manço

Na Reunião Plenária desta quinta (6), os deputados Antônio Moraes (PP) e Henrique Queiroz Filho (PL) saíram em defesa do agronegócio brasileiro. O setor foi alvo de críticas do deputado João Paulo (PCdoB) na semana passada. Em resposta, os dois parlamentares destacaram a importância desse segmento produtivo no atual cenário econômico.

“É o único setor da economia brasileira que tem gerado emprego e renda durante a pandemia”, pontuou Moraes. O deputado divergiu do colega comunista, afirmando que ele estaria “desinformado”. “Quero prestar minha solidariedade aos que atuam no ramo. O Brasil sobressai como produtor de alimentos e se tornou fornecedor da maior parte das grandes nações do mundo”, frisou. Para o parlamentar do PP, o País é um exemplo no segmento, sem o qual a crise seria ainda mais profunda.

Moraes salientou, também, que o agronegócio e a agricultura familiar trabalham conjuntamente. “Eles são integrados. Não há oposição. É necessário conhecer antes de criticar”, avisou. E citou, como exemplo, a produção de álcool combustível: “É um caso de êxito da economia agrícola de Pernambuco. Além de ser eficiente, o produto não agride o meio ambiente”, enfatizou.

USINAS – “Ressalto, especialmente, a relevância do setor sucroalcooleiro em Pernambuco”, afirmou Henrique Queiroz Filho. Foto: Evane Manço

“Ressalto, especialmente, a relevância do setor sucroalcooleiro do Estado neste momento”, disse, por sua vez, Henrique Queiroz Filho. “O ramo produtivo rural assumiu protagonismo no debate econômico e no planejamento estratégico do País nas últimas décadas, sendo responsável por um constante aumento na geração de empregos e renda em todo o Brasil”, continuou.

O deputado falou, ainda, da importância da indústria da cana durante a pandemia. “Gera emprego e renda para muitos trabalhadores, está na vanguarda ambiental por fornecer energia sustentável e ajudou no fornecimento de álcool 70%.” “Porém, mesmo promovendo tantos benefícios sociais, econômicos e ambientais, sofre críticas de outros setores do Estado”, lamentou.

Explicações

No momento destinado à Comunicação de Lideranças, João Paulo rebateu Antônio Moraes e questionou o artigo publicado pela Associação dos Fornecedores de Cana sobre o pronunciamento. O comunista acredita que foi mal compreendido, observando ter questionado a atual situação de insegurança alimentar no Brasil. “Por que um País que produz e exporta tantos alimentos tem uma população de 19 milhões de miseráveis que passam fome?”, indagou.

FOME – João Paulo acredita que foi mal compreendido, observando ter questionado a atual situação de insegurança alimentar no Brasil. Foto: Evane Manço

Ele informou que o discurso da última quinta (29) se baseou em fatos e dados atuais e oriundos de instituições respeitadas. “Eu falei sobre o modelo das grandes plantações de soja e o impacto gerado por essa cultura na crise alimentar. Ouço muitos pronunciamentos nesta Casa tratando de economia, mas poucos sobre a fome”, prosseguiu. O parlamentar acrescentou que, se o setor sucroalcooleiro respeita o meio ambiente, merece elogios, mas lembrou que, no geral, o agronegócio adota práticas não sustentáveis, como o uso indiscriminado de agrotóxicos.

Vacina

Ainda durante seu pronunciamento, Antônio Moraes fez um apelo ao governador Paulo Câmara e aos prefeitos a fim de que autorizem a vacinação contra o novo coronavírus para a polícia penitenciária. O deputado explicou que as demais polícias já começaram a ser imunizadas, mas os agentes que atuam nos presídios foram deixados de fora. “É injusto não incluí-los como prioridade. Eles ficam expostos da mesma forma que os outros policiais”, opinou.