
TERESA – Deputada leu resolução aprovada no Encontro Estadual de Tática Eleitoral do partido, em apoio à candidatura de Marília Arraes. Foto: Jarbas Araújo
Os deputados Teresa Leitão e Odacy Amorim, ambos do PT, comentaram, na Reunião Plenária desta segunda (6), a decisão do Diretório Nacional do partido de não lançar a vereadora do Recife Marília Arraes como candidata ao Governo do Estado. Em vez disso, a legenda apoiará a reeleição do governador Paulo Câmara, cujo partido, o PSB, ficará neutro na eleição para presidente da República.
No discurso, Teresa leu a resolução aprovada no Encontro Estadual de Tática Eleitoral do PT, realizado na última quinta (2), apoiando a candidatura própria. Segundo o documento, o nome de Marília como pré-candidata ao Governo nasceu com o apoio da base militante em atos realizados desde o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
“Depois de tantas derrotas políticas e eleitorais, que massacraram e desanimaram a base do PT, surge a possibilidade de agregar ao palanque de Lula em Pernambuco uma militância revigorada, pronta para trazer às urnas a esperança de um novo tempo para Pernambuco”, leu. “Lula presidente, Marília governadora. Estratégia perfeita para uma tática eleitoral que se desenha vitoriosa”, emendou. “Essa tese teve 90% de apoio dos delegados presentes ao encontro estadual do PT, em meio a um revigoramento de militância nunca visto nas últimas campanhas. Mas, infelizmente, não foi reconhecida pela direção nacional, que fez, mais uma vez, uma intervenção em Pernambuco”, disse Teresa.

AMORIM – Líder do PT na Casa frisou que as circunstâncias levaram a legenda a rever posicionamento. Foto: Jarbas Araújo
Líder do PT na Alepe, Odacy Amorim analisou o cenário nacional e defendeu a importância de selar a aliança em Minas Gerais para a reeleição do governador Fernando Pimentel (PT). “Entendo que muita gente do PT se preparou para votar numa candidatura do próprio partido, inclusive eu estava pronto para apoiar Marília, mas as circunstâncias levaram o partido a rever essa posição”, observou.
Amorim afirmou que seguirá a orientação de apoiar Paulo Câmara. “É a minha missão agir de forma disciplinada diante do que é discutido e combinado. Marília foi convocada para outra tarefa: contribuir com o Parlamento Federal. O que não é possível agora fica para o futuro. O momento é de fazer uma bela bancada de deputados estaduais e federais”, pontuou.
Em seu pronunciamento, o deputado Edilson Silva (PSOL) se solidarizou com Marília Arraes. “Isso é da conta do Partido dos Trabalhadores, mas nós, como agentes políticos da esquerda, temos o direito e a obrigação de emitir a nossa opinião. Essa opção retira da esquerda pernambucana a perspectiva de trabalhar uma unidade política em torno de questões muito caras para o povo”, avaliou.