
ENCONTRO – O evento contou com representantes de movimentos de direita, com destaque para o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ). Foto: Rinaldo Marques
A Frente Parlamentar em Defesa da Segurança Pública da Assembleia Legislativa promoveu, nesta sexta (6), audiência pública para discutir “o atual cenário político do Brasil”. Durante o encontro, foram abordados temas como a revisão do Estatuto do Desarmamento, redução da maioridade penal, fim das cotas sociais e anulação das políticas de gênero. O evento contou, principalmente, com a presença de representantes de movimentos de direita, dentre eles o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), nacionalmente conhecido por posicionar-se em defesa da família tradicional, da meritocracia e da propriedade privada.
O congressista focou seu discurso em críticas às políticas públicas do PT. “O Brasil precisa de alguém que seja temente a Deus, que preserve a propriedade privada como bem sagrado e que garanta ao cidadão o direito à legítima defesa”, pontuou. O coordenador da Frente Parlamentar, deputado Joel da Harpa (PROS), seguiu a mesma linha de entendimento. “O sentimento de esquerda foi implantado na sociedade por uma parte da mídia e aqueles que acreditam nos valores tradicionais ficaram excluídos e sem defesa”, criticou.
Procurador-geral da Assembleia, Ismar Teixeira, falou sobre a proposta de flexibilização do Estatuto do Desarmamento, de 2003. “Se o Estado não tem condições de garantir segurança à população, ele deve garantir, no mínimo, que as pessoas tenham o direito de tomar as providências necessárias para preservar sua segurança”, declarou. O conselheiro do Movimento Direita Pernambuco, Nelson Monteiro, criticou as políticas assistencialistas. “A maior função social é o trabalho. O Brasil precisa de menos impostos”, complementou.
As críticas aos posicionamentos de direita partiram do presidente da Comissão de Cidadania da Assembleia, deputado Edilson Silva (PSOL), e do presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco, Áureo Cisneiros. “Não compactuamos com a corrupção que o PT instalou no País, mas não podemos dar uma guinada em direção à ditadura”, manifestou-se Cisneiros. “Como humanista e libertário, continuarei lutando para que o deputado Jair Bolsonaro tenha o direito de defender suas ideias. Lamentavelmente, o tipo de regime político que o congressista prega não garante isso às pessoas”, concluiu Edilson Silva.