
Institui, no Calendário de Eventos do Estado de Pernambuco, a Semana Estadual do Hip Hop, e dá outras providências.
Texto Completo
Art. 1º Fica instituída a Semana Estadual do Hip Hop, a qual passará a
integrar o calendário oficial de eventos do Estado de Pernambuco, com ciclo de
periodicidade anual, a ser comemorado na semana em que estiver inserido o dia
12 de novembro.
Art. 2º Na Semana Estadual do Hip Hop realizar-se-ão apresentações de break e
discotecagem, promovendo-se palestras, debates, oficinas e outros eventos.
Art. 3º Os eventos poderão contar com a participação e colaboração da sociedade
civil, celebridades, personalidades e entidades ligadas ao Movimento Hip Hop,
notoriamente reconhecidas em Pernambuco.
Art. 4º Os eventos relativos à Semana Estadual do Hip Hop deverão ser
amplamente divulgados.
Parágrafo único. Deverá ser feita a notificação oficial das pessoas de que
trata o art. 3º.
Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
integrar o calendário oficial de eventos do Estado de Pernambuco, com ciclo de
periodicidade anual, a ser comemorado na semana em que estiver inserido o dia
12 de novembro.
Art. 2º Na Semana Estadual do Hip Hop realizar-se-ão apresentações de break e
discotecagem, promovendo-se palestras, debates, oficinas e outros eventos.
Art. 3º Os eventos poderão contar com a participação e colaboração da sociedade
civil, celebridades, personalidades e entidades ligadas ao Movimento Hip Hop,
notoriamente reconhecidas em Pernambuco.
Art. 4º Os eventos relativos à Semana Estadual do Hip Hop deverão ser
amplamente divulgados.
Parágrafo único. Deverá ser feita a notificação oficial das pessoas de que
trata o art. 3º.
Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Autor: Edilson Silva
Justificativa
O assassinato sistemático de jovens negros no Brasil é uma realidade que
estampa capas de noticiários dentro e fora do país. O movimento negro, além de
enterrar os corpos daqueles que não desaparecem misteriosamente, vem
diariamente denunciando o assombroso aumento do número de homicídios da nossa
juventude como extermínio ou mesmo genocídio da juventude negra.
Dentro desse contexto de denúncia e resistência, está inserido o movimento de
Cultura Hip Hop que, dia a dia, cresce desenvolvendo formas de resistir à
violência contra a população negra e pobre no país.
O movimento de Cultura Hip Hop surgiu em meados dos anos de 1970 nos Estados
Unidos. Nasce como movimento da juventude negra da comunidade do Bronx, em Nova
York como resposta a toda violência vivenciada pelas gangues. O Hip Hop tem
referência em quatro elementos: o DJ, os MC´s, o Break Dance e o grafite. O DJ
Afrika Bambaataa batizou o Hip Hop, fazendo ecoar os ideais de esperança, paz,
amor, diversão e união.
O movimento de Cultura Hip Hop foi um ato político, pois já denunciava a
situação de negligência dos direitos fundamentais dos negros oriundos das
periferias, buscando enfatizar termos como cidadania e multiculturalidade.
No Brasil, a Cultura Hip Hop chega ao final da década de 80, introduzido pela
indústria fonográfica e traz nomes como MC Jack, Pepeu, Coletânea Cultura de
Rua, Thaíde e DJ Hum e Racionais MCs.
Em Pernambuco, o movimento de cultura Hip Hop ganhou a cena local nos finais
dos anos 80, já influenciado pelas referências vindas do Estado de São Paulo.
Surge com as Rodas de Break realizadas no Parque 13 de Maio, Mercado das Flores
no bairro de São José, na Rodoviária do Bairro do Curado e no município do
Jaboatão dos Guararapes, entre outros locais. Depois, vieram os grupos
musicais: Faces do Subúrbio, Extremistas MCs, Sistema X, Linha da Última
Existência e Mira Negra. Nos outros elementos da cultura, como o grafite, os
percussores foram Guerreiro e Olho, deixando suas marcas nos muros da cidade do
Recife. Nessa mesma época o DJ Taubaté iniciava suas performances pelos Bailes
que foram crescendo e embalando os pernambucanos.
O Hip Hop é uma cultura que consiste em quatro formas artísticas distintas,
denominadas elementos, subgrupos ou subculturas, todas baseadas na
criatividade, representadas pelos DJs (ou músicos sem instrumentos,
criadores de sons para o rap), pelos MCs (ou Mestres de Cerimônias, que cantam
utilizando técnicas de improviso e rima), pelos BBoys e BGirls (ou dançarinos
de breaking, rocking, poppinge outras danças de rua) e pelos Writers (ou
grafiteiros). Daí ser o hip hop uma cultura híbrida, sempre em movimento, e, em
constante evolução.
Vale ressaltar que dentro da Cultura Hip Hop não há discriminação entre gênero,
cor ou idade, sendo imprescindível a participação de mulheres, crianças e
pessoas com deficiência na Semana Estadual da Hip Hop.
A presente proposição pretende inserir a Cultura Hip Hop no rol de
manifestações artísticas do Estado de Pernambuco, a fim de que seja reconhecida
e valorizada em nosso Estado.
Diante do exposto, solicito o valoroso apoio de meus nobres pares à aprovação
do presente Projeto de Lei.
estampa capas de noticiários dentro e fora do país. O movimento negro, além de
enterrar os corpos daqueles que não desaparecem misteriosamente, vem
diariamente denunciando o assombroso aumento do número de homicídios da nossa
juventude como extermínio ou mesmo genocídio da juventude negra.
Dentro desse contexto de denúncia e resistência, está inserido o movimento de
Cultura Hip Hop que, dia a dia, cresce desenvolvendo formas de resistir à
violência contra a população negra e pobre no país.
O movimento de Cultura Hip Hop surgiu em meados dos anos de 1970 nos Estados
Unidos. Nasce como movimento da juventude negra da comunidade do Bronx, em Nova
York como resposta a toda violência vivenciada pelas gangues. O Hip Hop tem
referência em quatro elementos: o DJ, os MC´s, o Break Dance e o grafite. O DJ
Afrika Bambaataa batizou o Hip Hop, fazendo ecoar os ideais de esperança, paz,
amor, diversão e união.
O movimento de Cultura Hip Hop foi um ato político, pois já denunciava a
situação de negligência dos direitos fundamentais dos negros oriundos das
periferias, buscando enfatizar termos como cidadania e multiculturalidade.
No Brasil, a Cultura Hip Hop chega ao final da década de 80, introduzido pela
indústria fonográfica e traz nomes como MC Jack, Pepeu, Coletânea Cultura de
Rua, Thaíde e DJ Hum e Racionais MCs.
Em Pernambuco, o movimento de cultura Hip Hop ganhou a cena local nos finais
dos anos 80, já influenciado pelas referências vindas do Estado de São Paulo.
Surge com as Rodas de Break realizadas no Parque 13 de Maio, Mercado das Flores
no bairro de São José, na Rodoviária do Bairro do Curado e no município do
Jaboatão dos Guararapes, entre outros locais. Depois, vieram os grupos
musicais: Faces do Subúrbio, Extremistas MCs, Sistema X, Linha da Última
Existência e Mira Negra. Nos outros elementos da cultura, como o grafite, os
percussores foram Guerreiro e Olho, deixando suas marcas nos muros da cidade do
Recife. Nessa mesma época o DJ Taubaté iniciava suas performances pelos Bailes
que foram crescendo e embalando os pernambucanos.
O Hip Hop é uma cultura que consiste em quatro formas artísticas distintas,
denominadas elementos, subgrupos ou subculturas, todas baseadas na
criatividade, representadas pelos DJs (ou músicos sem instrumentos,
criadores de sons para o rap), pelos MCs (ou Mestres de Cerimônias, que cantam
utilizando técnicas de improviso e rima), pelos BBoys e BGirls (ou dançarinos
de breaking, rocking, poppinge outras danças de rua) e pelos Writers (ou
grafiteiros). Daí ser o hip hop uma cultura híbrida, sempre em movimento, e, em
constante evolução.
Vale ressaltar que dentro da Cultura Hip Hop não há discriminação entre gênero,
cor ou idade, sendo imprescindível a participação de mulheres, crianças e
pessoas com deficiência na Semana Estadual da Hip Hop.
A presente proposição pretende inserir a Cultura Hip Hop no rol de
manifestações artísticas do Estado de Pernambuco, a fim de que seja reconhecida
e valorizada em nosso Estado.
Diante do exposto, solicito o valoroso apoio de meus nobres pares à aprovação
do presente Projeto de Lei.
Histórico
Sala das Reuniões, em 18 de outubro de 2017.
Edilson Silva
Deputado
Informações Complementares
Status | |
---|---|
Situação do Trâmite: | Concluída e Arquivada |
Localização: | Arquivo |
Tramitação | |||
---|---|---|---|
1ª Publicação: | 19/10/2017 | D.P.L.: | 8 |
1ª Inserção na O.D.: | 21/08/2018 |
Sessão Plenária | |||
---|---|---|---|
Result. 1ª Disc.: | Aprovado o Substitutivo | Data: | 21/08/2018 |
Result. 2ª Disc.: | Aprovado o | Data: | 10/09/2018 |
Resultado Final | |||
---|---|---|---|
Publicação Redação Final: | 11/09/2018 | Página D.P.L.: | 7 |
Inserção Redação Final na O.D.: | |||
Resultado Final: | Aprovada | Data: | 11/09/2018 |
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