
Concede a Medalha Comemorativa do Bicentenário da Revolução Pernambucana de 1817, ao Instituto Histórico e Geográfico da Vitória de Santo Antão, neste Estado.
Texto Completo
Art. 1º Fica Concedido ao Instituto Histórico e Geográfico da Vitória de Santo
Antão, neste Estado, a Medalha Comemorativa do Bicentenário da Revolução
Pernambucana de 1817, nos termos que dispõe a Resolução 1309, de 18 de agosto
de 2015.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação.
Antão, neste Estado, a Medalha Comemorativa do Bicentenário da Revolução
Pernambucana de 1817, nos termos que dispõe a Resolução 1309, de 18 de agosto
de 2015.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação.
Autor: Joaquim Lira
Justificativa
Tradicional instituição voltada à preservação e aos valores culturais do
município, o Instituto Histórico e Geográfico da Vitória de Santo Antão foi
fundado em 19 de novembro de 1950, por iniciativa de um goianense ilustre, o
Dr. Djalma Gonçalves Raposo, à época promotor público da Comarca, ao lado de um
abnegado grupo de entusiastas da louvável iniciativa, após reuniões que
possibilitaram o surgimento da entidade.
A existência dessa instituição máxima da cultura vitoriense está associada a
própria história do município. O prédio é conhecido como A Casa do Imperador,
por ter hospedado entre os dias 18 e 20 de dezembro de 1859, a Família
Imperial, nas figuras do Imperador D. Pedro II, ao lado da Imperatriz Teresa
Cristina Maria de Bourbon. O casal e comitiva estiveram antes no atual
município de Moreno. Na passagem por Pernambuco, foi o período mais longo. No
interior, visitou engenhos da aristocracia pernambucana. D. Pedro II, primeiro
monarca nascido no Brasil, em 2 de dezembro de 1825, contava à época da viagem,
com 34 anos.
Na obra História da Vitória de Santo Antão, escrita por Pedro Humberto Ferrer
de Morais, Maria de Fátima dos Santos Alves e Savana Tavares dos Santos, o
registro desse fato: a visita de SS. MM, Pedro II foi um dos acontecimentos
mais importantes da história da cidade.
O atual prédio do Instituto Histórico foi construído em 1853 pelo português
Joaquim Jorge dos Santos. Serviu durante alguns anos de sede a várias
instituições vitorienses, inclusive Paço Imperial e Câmara de Vereadores,
residência de senhores de engenho, comerciantes, educandário, posto de saúde e
de higiene, sede do Tiro de Guerra e do Sport Clube da Vitória, até o ano de
1950, quando passou a sediar a tradicional instituição até os dias atuais. Em
1985, recebeu da Fundação do Patrimônio Artístico de Pernambuco Fundarpe,
obras de restauração e melhorias para melhor acomodação do acervo da entidade.
Considerado de utilidade pública, possui personalidade jurídica, reunindo
amplos salões, onde se concentram vários museus, auditório e biblioteca
franqueada ao público. O local está sempre aberto às atividades cívico
culturais da cidade, além de sediar principais eventos comemorativos no
calendário cultural do município.
Durante décadas, a presidência do órgão foi exercida pelo professor José Aragão
Bezerra Cavalcanti, autor da História da Vitória de Santo Antão, obra composta
em três volumes, compreendendo o período de 1626 a 1982, reunindo mais de mil
páginas. Outros nomes de invulgar capacidade integraram a direção dessa
instituição, a exemplo do professor Luís Boaventura de Andrade, da professora
Eunice de Vasconcelos Xavier. Atualmente o Instituto é dirigido pelo escritor e
professor Pedro Humberto Ferrer de Morais, com gestão das mais profícuas.
Entre suas iniciativas editoriais, a publicação da Revista do Instituto
Histórico, cuja primeira edição data do ano de 1954, como marco comemorativo do
Tricentenário da Restauração Pernambucana. Desde aquela data até o momento
foram lançados dezesseis números desse trabalho, que reúne colaborações do mais
elevado nível, com foco na cultura histórica.
Com efeito, o Instituto Histórico e Geográfico da Vitória de Santo Antão não é
apenas um centro de pesquisa, de documentação, de visitantes oriundos dos mais
longínquos rincões, inclusive do Exterior, mas em última análise, uma chama
permanente de estímulo ao conhecimento, residência do passado, de saudade, mas
do mesmo modo, de evocação e orgulho dos vitorienses, bem como de turistas.
Na oportunidade, um registro que não deve ser olvidado, que foi a palestra
realizada em 3 de agosto de 1955, alusiva à Batalha das Tabocas, em sessão
anualmente promovida em homenagem a esse maior feito dos luso-brasileiros, no
Capítulo da Insurreição Pernambucana, idos do Século XVII, pelo escritor
vitoriense, traduzido para várias línguas, Osman Lins (1924-1978). A
simplicidade do romancista nascido na Rua do Rosário, na histórica cidade
pernambucana, é revelada nas palavras exordiais do discurso: os anos
escolares, já um pouco distanciados no tempo, é esta a primeira vez que tenho a
oportunidade de falar perante um auditório. Um homem da dimensão intelectual
como Osman Lins teve no ambiente do Instituto Histórico de sua terra natal, o
batismo do primeiro discurso em público.
O exemplo do autor de Avalovara se soma a tantos intelectuais, estudiosos de
várias correntes de pensamento, de pesquisa, em sua passagem em local de ampla
luminosidade criativa, dignificaram com sua voz e vida, sua contribuição para
alicerçar uma instituição séria, comprometida com o passado, sem prescindir de
preparar o futuro, através de novas gerações, imbuídas das fecundas lições dos
seus mentores e dirigentes, verdadeiros construtores desse oásis de cultura.
A concessão da Medalha Comemorativa do Bicentenário da Revolução
Pernambucana de 1817 é iniciativa justa e procedente, assim como, por preencher
os requisitos exigidos por este Poder Legislativo, de acordo com o disposto na
Resolução n° 1309, de 18 de agosto de 2015, conferindo ao Instituto Histórico e
Geográfico da Vitória de Santo Antão, como entidade merecedora da honrosa
distinção, apresentamos este Projeto de Resolução, solicitando aos Nobres Pares
seu acolhimento quanto à sua aprovação.
município, o Instituto Histórico e Geográfico da Vitória de Santo Antão foi
fundado em 19 de novembro de 1950, por iniciativa de um goianense ilustre, o
Dr. Djalma Gonçalves Raposo, à época promotor público da Comarca, ao lado de um
abnegado grupo de entusiastas da louvável iniciativa, após reuniões que
possibilitaram o surgimento da entidade.
A existência dessa instituição máxima da cultura vitoriense está associada a
própria história do município. O prédio é conhecido como A Casa do Imperador,
por ter hospedado entre os dias 18 e 20 de dezembro de 1859, a Família
Imperial, nas figuras do Imperador D. Pedro II, ao lado da Imperatriz Teresa
Cristina Maria de Bourbon. O casal e comitiva estiveram antes no atual
município de Moreno. Na passagem por Pernambuco, foi o período mais longo. No
interior, visitou engenhos da aristocracia pernambucana. D. Pedro II, primeiro
monarca nascido no Brasil, em 2 de dezembro de 1825, contava à época da viagem,
com 34 anos.
Na obra História da Vitória de Santo Antão, escrita por Pedro Humberto Ferrer
de Morais, Maria de Fátima dos Santos Alves e Savana Tavares dos Santos, o
registro desse fato: a visita de SS. MM, Pedro II foi um dos acontecimentos
mais importantes da história da cidade.
O atual prédio do Instituto Histórico foi construído em 1853 pelo português
Joaquim Jorge dos Santos. Serviu durante alguns anos de sede a várias
instituições vitorienses, inclusive Paço Imperial e Câmara de Vereadores,
residência de senhores de engenho, comerciantes, educandário, posto de saúde e
de higiene, sede do Tiro de Guerra e do Sport Clube da Vitória, até o ano de
1950, quando passou a sediar a tradicional instituição até os dias atuais. Em
1985, recebeu da Fundação do Patrimônio Artístico de Pernambuco Fundarpe,
obras de restauração e melhorias para melhor acomodação do acervo da entidade.
Considerado de utilidade pública, possui personalidade jurídica, reunindo
amplos salões, onde se concentram vários museus, auditório e biblioteca
franqueada ao público. O local está sempre aberto às atividades cívico
culturais da cidade, além de sediar principais eventos comemorativos no
calendário cultural do município.
Durante décadas, a presidência do órgão foi exercida pelo professor José Aragão
Bezerra Cavalcanti, autor da História da Vitória de Santo Antão, obra composta
em três volumes, compreendendo o período de 1626 a 1982, reunindo mais de mil
páginas. Outros nomes de invulgar capacidade integraram a direção dessa
instituição, a exemplo do professor Luís Boaventura de Andrade, da professora
Eunice de Vasconcelos Xavier. Atualmente o Instituto é dirigido pelo escritor e
professor Pedro Humberto Ferrer de Morais, com gestão das mais profícuas.
Entre suas iniciativas editoriais, a publicação da Revista do Instituto
Histórico, cuja primeira edição data do ano de 1954, como marco comemorativo do
Tricentenário da Restauração Pernambucana. Desde aquela data até o momento
foram lançados dezesseis números desse trabalho, que reúne colaborações do mais
elevado nível, com foco na cultura histórica.
Com efeito, o Instituto Histórico e Geográfico da Vitória de Santo Antão não é
apenas um centro de pesquisa, de documentação, de visitantes oriundos dos mais
longínquos rincões, inclusive do Exterior, mas em última análise, uma chama
permanente de estímulo ao conhecimento, residência do passado, de saudade, mas
do mesmo modo, de evocação e orgulho dos vitorienses, bem como de turistas.
Na oportunidade, um registro que não deve ser olvidado, que foi a palestra
realizada em 3 de agosto de 1955, alusiva à Batalha das Tabocas, em sessão
anualmente promovida em homenagem a esse maior feito dos luso-brasileiros, no
Capítulo da Insurreição Pernambucana, idos do Século XVII, pelo escritor
vitoriense, traduzido para várias línguas, Osman Lins (1924-1978). A
simplicidade do romancista nascido na Rua do Rosário, na histórica cidade
pernambucana, é revelada nas palavras exordiais do discurso: os anos
escolares, já um pouco distanciados no tempo, é esta a primeira vez que tenho a
oportunidade de falar perante um auditório. Um homem da dimensão intelectual
como Osman Lins teve no ambiente do Instituto Histórico de sua terra natal, o
batismo do primeiro discurso em público.
O exemplo do autor de Avalovara se soma a tantos intelectuais, estudiosos de
várias correntes de pensamento, de pesquisa, em sua passagem em local de ampla
luminosidade criativa, dignificaram com sua voz e vida, sua contribuição para
alicerçar uma instituição séria, comprometida com o passado, sem prescindir de
preparar o futuro, através de novas gerações, imbuídas das fecundas lições dos
seus mentores e dirigentes, verdadeiros construtores desse oásis de cultura.
A concessão da Medalha Comemorativa do Bicentenário da Revolução
Pernambucana de 1817 é iniciativa justa e procedente, assim como, por preencher
os requisitos exigidos por este Poder Legislativo, de acordo com o disposto na
Resolução n° 1309, de 18 de agosto de 2015, conferindo ao Instituto Histórico e
Geográfico da Vitória de Santo Antão, como entidade merecedora da honrosa
distinção, apresentamos este Projeto de Resolução, solicitando aos Nobres Pares
seu acolhimento quanto à sua aprovação.
Histórico
Sala das Reuniões, em 17 de fevereiro de 2017.
Joaquim Lira
Deputado
Informações Complementares
Status | |
---|---|
Situação do Trâmite: | Concluída e Arquivada |
Localização: | Arquivo |
Tramitação | |||
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1ª Publicação: | 21/02/2017 | D.P.L.: | 11 |
1ª Inserção na O.D.: | 27/06/2017 |
Sessão Plenária | |||
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Result. 1ª Disc.: | Data: | ||
Result. 2ª Disc.: | Data: |
Resultado Final | |||
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Publicação Redação Final: | Página D.P.L.: | 0 | |
Inserção Redação Final na O.D.: | |||
Resultado Final: | Aprovada | Data: | 27/06/2017 |
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Parecer Aprovado | 3997/2017 |