
PROJETO DE LEI ORDINÁRIA 2422/2024
Denomina de Rodovia Escritor Cidinaldo Buique de Araújo Azevedo, a Rodovia PE-250, na Cidade do Buíque.
Texto Completo
Art. 1º Fica denominada Rodovia Escritor Cidinaldo Buique de Araújo Azevedo, a Rodovia PE-250, no trecho que liga a Sede do Município até o Distrito de Guanumbi, na Cidade do Buíque.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificativa
O escritor Cidinaldo Buíque de Araújo Azevedo, era graduado em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco. Além de advogado, Também fora historiador e escritor Buiquense, filho de João Ramos de Azevedo (Joãozinho Pinto, 1907-1975, Buíque) e de Rita de Araújo Azevedo (Dona Ritinha, 1920-2000, Buíque). Casou com Andrea Soares, e é pai de João Pedro e de Maria Cecília. Nas escolas públicas de Buíque, cursou os antigos primeiro e o segundo graus, na Escola São Félix de Cantalice (Colégio das Freiras), Escola José Modesto e na Escola Vigário João Inácio, onde concluiu o segundo grau em 1982.
Cidinaldo Buíque de Araújo Azevedo nasceu em Recife em 03 de junho de 1964, por uma questão de viagem dos pais, e ignorava solenemente ao ser questionado sobre seu local de nascimento. É Buíque e pronto. Logo após seu nascimento na capital, voltou para a Terra dos Araújo, terra natal de seus genitores, Dona Ritinha e seu Joãozinho Pinto. Nessa principal cidade do Vale do Catimbau, viveu sua infância e juventude, onde participou de diversos movimentos estudantis, culturais, históricos e políticos, comprovando que já corria em suas vidas um amor devocional pelas terras de São Félix de Cantalice.
Em julho de 1983, iniciou a obra: “Campos do Buíque, Suas Terras, Sua Gente”, com o intuito de elucidar as dúvidas acerca da história do Município de Buíque, considerado um dos mais antigos do Estado, e para suas pesquisas se deslocava até o Recife, indo ao Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano, tendo em vista a quase total inexistência, em Buíque, dos dados necessários a sua efetivação. No dia 02 de janeiro de 1985, seguiu para o Recife, a fim de fazer as provas do vestibular para cursar Direito. Aprovado, passa a residir em Recife, onde prestou, ainda em 1985, concurso público para trabalhar no Metrô do Recife, empresa federal, então em fase de implantação. Desta feita, também aprovado, começa a trabalhar no Metrô do Recife/CBTU, em 1986, ambiente profissional que viveu até o ano de 2022..
A saudade da Terra Mãe o fez voltar para o Buíque, inclusive iniciando os estudos de uma nova obra: Buíque, Crenças e Tradições, escritos estes que não foram concluídos. O então funcionário público federal, era um homem inquieto, questionador e pesquisador da história da cidade. Graças a essa sensação de pertencimento, ele não parava um só instante, pois, mesmo exercendo a ciência jurídica - sua segunda paixão - nada o incentivava mais que seu amor por Buíque. Essa inquietude vibrante, o fez escrever seu livro, que até então é a única fonte de pesquisas sobre os Campos do Buíque, obra com edição limitada em 1991. Com um prefácio que vaticinava: "só um livro é capaz de fazer a eternidade de um povo" - mas ele não imaginava que seu livro se tornaria um marco temporal sobre os Campos do Buíque, norteando a história da cidade sede do Vale do Catimbau.
Em Buíque, exerceu os cargos de Secretário Municipal de Educação e Secretário de Administração. Em 1995, foi para o Estado de São Paulo com o foco das ciências jurídicas que despertavam enorme interesse na sua inquietação, sobretudo na área previdenciária, terreno este que o fez especialista na aposentação de centenas de trabalhadores rurais pelos estados de Pernambuco, Piauí, Bahia e Ceará, destacando sua atuação em São Paulo, já no oeste paulista e na divisa com Minas Gerais. Suas observações políticas norteavam princípios de combate a desigualdade, combate ao desamparo previdenciário do homem do campo e a luta pela consolidação dos direitos celetistas. Flertava com o antigo PMDB e ajudou a formar as comissões embrionárias do PSDB em Pernambuco.
Partiu desse plano em 15 de outubro de 2022, na cidade de Petrolina, após batalha ardorosa contra um enfermidade devastadora, mas com a certeza de ter sido firme e guerreiro até o último minuto. Saiu dessa vida deixando um legado histórico para Buíque, deixando o registro para a eternidade.
Solicito dos Nobres Pares o inconteste apoio na aprovação deste Projeto de Lei.
Histórico
Gilmar Junior
Deputado
Informações Complementares
Status | |
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Situação do Trâmite: | AUTOGRAFO_PROMULGADO |
Localização: | SECRETARIA GERAL DA MESA DIRETORA (SEGMD) |
Tramitação | |||
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1ª Publicação: | 29/11/2024 | D.P.L.: | 6 |
1ª Inserção na O.D.: |
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