
CONCURSO – Medida do Executivo vai ampliar quadro em 132 profissionais, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem. Foto: Roberto Soares
O governador Paulo Câmara sancionou, nessa segunda (9), a lei que vai permitir a reorganização do quadro de vagas de pessoal do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), referência no atendimento de casos suspeitos de coronavírus em Pernambuco. O anúncio foi feito, na Reunião Plenária desta terça (10), pelo líder do Governo, deputado Isaltino Nascimento (PSB).
Segundo o parlamentar, a medida, originária do Projeto de Lei n° 935/2020, de autoria do próprio Poder Executivo, vai ampliar o quadro em 132 cargos de profissionais de diversas categorias, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem. Os convocados foram aprovados no último concurso público da Universidade de Pernambuco (UPE).
“São servidores para reforçar o Hospital Oswaldo Cruz e a nossa rede de saúde, que passa a contar também com mais infectologistas”, destacou. Nascimento informou que, entre os profissionais, 12 são médicos. Desses, sete serão encaminhados para o HUOC e outros cinco, para o Hospital Correia Picanço, referência no atendimento de crianças. “A iniciativa demonstra o empenho do governador Paulo Câmara para deixar a Rede Estadual de Saúde mais preparada para o atendimento de casos do Covid-19 no Estado”, pontuou.
O deputado também comentou o caso de uma paciente de Brasília (DF) que está com a doença e foi transferida de um hospital particular para um público. Segundo ele, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que o fato não deveria ter ocorrido, porque as unidades privadas têm condições de cuidar de pacientes com a infecção. “Da mesma forma, em Pernambuco, o secretário estadual de Saúde, André Longo, declarou que os hospitais privados devem ser colaboradores nesse processo, lembrando que o Estado possui quatro casos suspeitos em algumas dessas unidades”, explicou.
Reforma Administrativa – Ainda em seu pronunciamento, Nascimento alertou para o projeto de Reforma Administrativa que está para ser encaminhado pelo Governo Federal ao Congresso Nacional. De acordo com o parlamentar, a proposta prevê a extinção da categoria de servidor público.
“É uma medida estapafúrdia e vai de encontro aos interesses da população”, protestou. Como exemplo de eficiência do setor, o deputado afirmou que, se o Brasil não tivesse um sistema de saúde que funciona, com servidores atuando exemplarmente, seria muito difícil enfrentar a epidemia do coronavírus. “Estamos bem preparados porque o SUS tem capacidade para receber qualquer brasileiro que procure atendimento médico, independentemente de raça ou classe social”, salientou.