
REUNIÃO SOLENE – Homenagem foi proposta por Priscila Krause, que presidiu cerimônia, e pelo ex-deputado Gustavo Negromonte, representado por Alberto Feitosa. Presidente do bloco, Rômulo Meneses recebeu placa comemorativa. Foto: Alepe
Agremiação criada em janeiro de 1978 pelo carnavalesco Enéas Freire, juntamente com um grupo de amigos e familiares, o Clube de Máscaras Galo da Madrugada – “O Maior Bloco da Terra” e Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado – recebeu homenagem da Assembleia Legislativa pelos seus 40 anos de existência. A Reunião Solene, de autoria da deputada Priscila Krause (DEM) e do ex-deputado Gustavo Negromonte, foi realizada na noite desta quarta (13), no auditório do Edifício Governador Miguel Arraes de Alencar, prédio-sede da Alepe.
No Carnaval daquele ano, 75 foliões – muitos usando fantasias de “alma penada” – participaram do primeiro desfile da agremiação, pelas ruas estreitas do bairro de São José (região central do Recife), no Sábado de Zé Pereira. Em 1994, veio o reconhecimento internacional do Guinness Book, o Livro dos Recordes, considerando o clube o maior bloco de Carnaval do planeta. Na época, ele reuniu um milhão e meio de foliões. Atualmente, estima-se que ultrapasse a marca dos dois milhões. Em 1995, a Prefeitura do Recife instalou um gigantesco galo sobre as águas do Rio Capibaribe, na Ponte Duarte Coelho, fato que se repete até hoje.
Ao presidir a cerimônia, Priscila Krause lembrou a importância de Enéas Freire, falecido em 2008. “Ele merece todos os louros pelo amor que sempre dispensou ao bloco que fundou”, ressaltou. “O Galo da Madrugada se confunde com a história do Recife e do seu Carnaval. Ele sempre foi um bloco de mobilização social, portanto, reconhecer esses 40 anos do Galo significa reconhecer a contribuição efetiva de uma agremiação carnavalesca que sempre dialogou com a nossa cidade”, assinalou.
Representando Gustavo Negromonte, o deputado Alberto Feitosa (SD) lembrou que, “desde o início, a ideia dos fundadores do Galo era fazer renascer o tradicional Carnaval de rua do Recife, em que a espontaneidade, a criatividade e a participação popular fossem a alma da festa, e o frevo ecoasse pelas ruas”. Para o parlamentar, “não há em Pernambuco nem no Brasil quem não se emocione ao escutar os primeiros acordes do hino do clube”, prosseguiu. A composição é de autoria de José Mário Chaves, falecido recentemente.

FOLIÕES – Integrantes da agremiação, fundada em 1978, participaram da solenidade. Foto: Alepe
O presidente do clube, Rômulo Meneses, agradeceu a homenagem da Alepe. “Não é a primeira vez que a Casa reverencia o Galo, que continua sendo um fator de atração turística e econômica para o Estado, e isso só aumenta a nossa responsabilidade de fazer cada vez mais e melhor”, frisou.
Ao discursar em nome dos foliões, o ex-governador de Pernambuco Gustavo Krause definiu seu sentimento pelo bloco. “A minha relação é de amor. Reverencio o Galo, que se tornou um personagem mitológico do Carnaval pernambucano e do Brasil.”