
OBJETIVO – Grupo conheceu o trabalho feito pelo parque tecnológico, que reúne 304 empresas e nove mil especialistas em áreas como segurança da informação e inteligência artificial. Foto: Sabrina Nóbrega
O uso da tecnologia como caminho para que as instituições possam lidar com os riscos dos ambientes digitais e elucidar delitos cometidos na internet foi defendido pelo presidente do Porto Digital, Francisco Saboya, durante a visita da Frente Parlamentar de Combate aos Crimes Cibernéticos à sede da instituição, localizada no Bairro do Recife, na Capital, realizada nesta quinta (12). “Precisamos atualizar o marco regulatório, precisamos atualizar a compreensão de como as informações circulam, mas, em especial, precisamos ter uma clareza muito grande de que as tecnologias que servem para que sejam gerados crimes também se prestam a prevenir, a nos proteger desses mesmos crimes”.
O objetivo da visita foi conhecer o trabalho realizado pelo parque tecnológico, que reúne 304 empresas e nove mil especialistas em áreas como mineração e segurança da informação e inteligência artificial. O coordenador da Frente, deputado Aluísio Lessa (PSB), apresentou os objetivos do trabalho do colegiado, voltado, segundo ele, a propor ações educativas capazes de conscientizar as pessoas sobre os males de propagar notícias falsas.
O diretor do Instituto Senai de Informação, Sérgio Soares, lembrou que há ferramentas capazes de identificar rapidamente boatos e fraudes. Alcides Pires, do Centro de Excelência em Tecnologia do Software, Softex, disse que as empresas também podem identificar o marco zero das notícias, assim como ajudar a solucionar a venda de cadastros, outra prática muito comum.
Sócio-fundador da Tempest, que atua no ramo da cyber segurança com 260 colaboradores no Recife, São Paulo e Londres, na Inglaterra, Evandro Hora elogiou o foco da Frente Parlamentar na educação, mas lembrou que os crimes em ambientes digitais vão muito além da propagação das chamadas fake news. “Eu espero que o grupo mantenha a coerência com o nome que tem e trate dos crimes cibernéticos em geral, e não só das fake news, porque é a bola da vez”, alertou.
Na avaliação de Aluísio Lessa, a reunião serviu para fazer uma ponte entre a “ilha de excelência”, representada pelo Porto Digital, e o trabalho realizado pela Frente. “Vamos receber sugestões para que no final, na elaboração do relatório, possamos fazer um bom encaminhamento, especialmente na área da educação, e consigamos melhorar a relação das pessoas com as mídias digitais”.
Também participaram da visita representantes do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), da empresa Neurotech e da OAB Pernambuco.