Alepe - Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco

     Indicamos à Mesa, ouvido Plenário e, cumpridas às formalidades regimentais, que seja enviado um APELO a Exma. Sra. Shirlei Parise Vieira da Silva, Superintendente de Governo e Varejo de Pernambuco, do Banco do Brasil, para viabilizar o acesso a serviços bancários da Instituição, prioritariamente através da reabertura da Agência em Inajá (PE) ou alternativamente,  através de outros meios como: Posto de Atendimento Bancário – PAB,  Terminal Eletrônico de Autoatendimento ou ampliação dos Correspondentes Bancários.

     Este pleito visa atender a uma frequente demanda do povo de Inajá para que o Banco do Brasil reabra sua Agência fechada em agosto de 2016.

     Município brasileiro do estado de Pernambuco,  com 19.081 habitantes (Censo 2010), localizado a Sudoeste da cidade de Recife, a 383 km, na mesorregião Sertão Pernambucano e Microrregião Sertão do Moxotó. O Município é constituído do distrito-sede, Inajá, e dos povoados: Caraibeiro e Baixa da Alexandra.

     O desenvolvimento deu-se através de agricultores e criadores, que se estabeleceram à beira do Moxotó. A ocupação começou a evoluir gradativamente, até tornar-se povoado e ser elevado à categoria de Vila Espírito Santo, em lei municipal de 27 de setembro de 1897, que criou o distrito do Espírito Santo. Este foi o seu segundo nome e pertencia ao município de Tacaratu. A Vila de Moxotó foi criada pela Lei Estadual Nº991 de 1 de julho de 1909. Em 1928, foi desmembrado de Tacaratu, passando a pertencer ao Município de Moxotó. Pelo decreto-lei estadual nº 952, de 31 de dezembro de 1943, o distrito de Espírito Santo passou a denominar-se Inajá. De acordo com a Lei Nº14 de outubro de 1948, pela Câmara de Vereadores do Município de Moxotó, a sede foi transferida para a Vila de Inajá. No dia 2 de janeiro de 1949, Inajá passou a Cidade.

     Na economia do município predominam as grandes e médias propriedades, fundamentadas na pecuária extensiva, na integração entre pecuária e agricultura, agricultura irrigada e agricultura de subsistência. A agricultura comercial abrange o cultivo de melão, banana, goiaba, melancia, maracujá e acerola. Para subsistência, cultiva-se feijão, milho, mandioca, batata-doce, fava e outras. Atualmente os agricultores, incentivados pelo setor público vem fazendo fortes investimentos na produção de melão de exportação. As atividades pecuárias consistem na caprinocultura, ovinocultura, suinocultura e bovinocultura.

     A indústria é de pequeno porte mantendo apenas uma fábrica de refrigerantes.

     Como vários municípios de Pernambuco se ressentem do fechamento de sua Agência do Banco do Brasil, desativada em 2016, após sofrer as consequências da falta de segurança, vivenciada por todo o Estado de Pernambuco, com o recrudescimento das ações de roubo a Bancos, através de explosões de Caixas Eletrônicos e Cofres, da qual o Banco do Brasil foi vítima em 2016.

     A rede de agências bancárias está encolhendo no Brasil e deixando cidades do interior sem atendimento presencial em virtude de diversos fatores, entre os quais  a expansão de canais digitais, a insegurança, a redução de custos, entre outros, e por isso os bancos vêm fechando agências em diversos municípios. Inajá com seus mais de 19 mil habitantes é mais um desses municípios que apesar da necessidade e da importância da instituição, que tem no crédito a agropecuária uma de suas principais linhas de atuação, para o desenvolvimento da cidade e da agropecuária, há mais de dois anos vêm sofrendo com o fechamento de sua Agencia do Banco do Brasil.

     A economia da cidade depende do dinheiro dos aposentados, do pagamento de benefícios do governo federal, do crédito rural, que eram feitos no Banco do Brasil, mas estes clientes estão se deslocando a Arcoverde  e por lá fazem suas compras.      O movimento do comércio caiu muito afetando a economia de Inajá  e de toda a região, dificultando a vida das pessoas e empresas para pagamentos, recebimentos, obtenção de crédito e todas as demais atividades desenvolvidas pelo Banco.

     Cabe salientar que há que se levar em consideração o nível de renda baixo de grande parte da população local, que a impede de acessar o banco pela internet, assim como pagar passagem para outra cidade sempre que precisar dos serviços bancários. São poucos os cidadãos que podem adquirir um computador ou um smartphone e ainda contratar serviço de internet banda larga. Além do mais, a maior parte dos correntistas do Banco do Brasil de Inajá são produtores rurais, sendo que muitos possuem reduzido grau de escolaridade, outros são analfabetos e mais um tanto são idosos que nunca sentaram na frente de um computador ou portaram um aparelho celular. Em comum, praticamente todos não sabem acessar e operar o serviço de internet banking ou até mesmo operar em caixas eletrônicos. O prejuízo para a população é muito grande.

     É por isso, que faço esse apelo, para que a Superintendência do Banco do Brasil, a fim de que reavaliem a decisão anterior e reabram a Agência de Inajá, propiciando aos cidadãos a reinserção no sistema bancário e atendendo a sua finalidade pública de impulsionador do desenvolvimento dos pequenos municípios e da atividade agropecuária do estado de Pernambuco ou alternativamente busquem uma forma de atendimento que assista aos anseios e necessidades da comunidade a exemplo de: Posto de Atendimento Bancário, Implantação de terminais de autoatendimento,  ampliação da rede de correspondentes bancários.